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Intesa Sanpaolo a caminho de se livrar de 10,8 mil milhões em activos tóxicos

O Intesa Sanpaolo está muito perto de celebrar um acordo que lhe permitirá ver-se livre de 10,8 mil milhões de euros em crédito malparado, à conta de uma oferta da sueca Intrum para comprar os activos tóxicos do banco italiano.

Bloomberg
16 de Abril de 2018 às 19:17
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A sueca Intrum apresentou uma oferta de compra da unidade de activos tóxicos do Intesa Sanpaolo que livra o banco italiano de 10,8 mil milhões de euros em crédito malparado, avançaram a Reuters e a Europa Press.

O negócio avalia aquela unidade do Intesa em 500 milhões de euros e o malparado em 3,1 mil milhões de euros.


O acordo - que será discutido esta terça-feira pelo conselho de administração do banco transalpino - implicará a criação de um administrador no mercado italiano de empréstimos no retalho, através da integração das plataformas de NPL italianas do Intesa Sanpaolo e da Intrum, que inclui um contrato de 10 anos para a gestão dos créditos incobráveis do banco italiano. 

Se for em frente, este acordo irá impulsionar fortemente a presença da Intrum no mercado europeu dos empréstimos problemáticos, salienta a Reuters. Em Dezembro passado, a empresa sueca comprou os activos tóxicos do também italiano CAF.

Em comunicados distintos, a Intesa e a Intrum dizem que o grupo escandinavo ficará com 51% de uma joint-venture que agrupará então o crédito malpado do banco italiano e o que a Intrum já detém através das operações em Itália.

No ano passado, recorde-se, a banca italiana esteve em fortes apuros e a situação só melhorou quando o Governo interveio e apresentou, em finais de Junho, um pacote de resgate aos bancos mais problemáticos.

 

No âmbito desse resgate, num valor que se admitiu poder ir até aos 17 mil milhões de euros [tendo ficado definido que o Estado entraria com cinco mil milhões], o Intesa Sanpaolo comprou dois bancos - Banca Poplare de Vicenza e Venero Banca - ao preço de um euro. Isto depois de o Mecanismo Único de Resolução europeu ter determinado que se liquidasse aqueles dois bancos.

Nessa altura, os apuros da banca italiana acabaram por se estender, na bolsa, a todo o sector da Europa, com sessões de fortes quedas nos títulos financeiros.

Antes, já o mesmo tinha sucedido perante as dificuldades vividas pelo Monte dei Paschi di Siena, que acabou por também ser alvo de resgate.


(notícia actualizada às 19:48)

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