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Interrogatório de Berardo por juiz Carlos Alexandre começou às 18:30

O interrogatório do empresário e arguido Joe Berardo no âmbito do processo da Caixa Geral de Depósitos (CGD), iniciou-se esta quinta-feira pelas 18:30, informou o Conselho Superior da Magistratura (CSM), a pedido do juiz Carlos Alexandre.

Alexandre Azevedo
01 de Julho de 2021 às 19:40
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Segundo a informação prestada pelo CSM, por solicitação daquele juiz do Tribunal Central de Instrução Criminal (TCIC), o interrogatório ao advogado André Luiz Gomes - outro dos arguidos detidos na terça-feira - terminou às 18:00, depois de ter começado às 9:23 de hoje, com interrupção às 13:00 e recomeço das diligências às 14:23.

A informação vinda do juiz Carlos Alexandre é omissa se o empresário madeirense decidiu prestar declarações como arguido no âmbito deste inquérito relacionado com a CGD.

Hoje, à chegada ao TCIC, cerca das 10:15, Paulo Saragoça da Matta, advogado de Joe Berardo, manteve a incógnita se o empresário vai depor no interrogatório.

Na altura, Paulo Saragoça da Matta escusou-se a comentar aos jornalistas se a prova indiciária recolhida contra o empresário e arguido assenta mais em prova documental ou em escutas telefónicas, alegando não dizer nada sobre isso porque o inquérito está em segredo de justiça.

O empresário Joe Berardo e André Luiz Gomes estão indiciados por burla qualificada, fraude fiscal qualificada, branqueamento de capitais, falsidade informática, falsificação, abuso de confiança e descaminho ou destruição de objetos colocados sob o poder público.

O caso, que conta com 11 arguidos (cinco pessoas individuais e seis pessoas coletivas) foi tornado público depois de uma operação policial em que foram feitas cerca de meia centena de buscas, três das quais a estabelecimentos bancários, e que levou à detenção do empresário e colecionador de arte e do seu advogado de negócios André Luiz Gomes, suspeito pelos mesmos crimes.

Segundo comunicados da PJ e do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), em causa no processo está um grupo "que entre 2006 e 2009 contratou quatro operações de financiamentos com a CGD, no valor de cerca de 439 milhões de euros" e que terá causado "um prejuízo de quase mil milhões de euros" à CGD, ao Novo Banco e ao BCP.


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