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Horta-Osório e restantes diretores do Lloyds abdicam dos bónus de 2020

Devido à situação de incerteza atual provocada pelo coronavírus, o quadro de diretores do banco britânico optou, de forma voluntária, por não receber os bónus a que teriam direito em 2020.

Bloomberg
09 de Abril de 2020 às 11:14
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O quadro de diretores e o comité executivo do Lloyds Banking Broup voluntariou-se para não receber os bónus a que teriam direito no ano de 2020, devido aos desafios que a crise provocada pela covid-19 traz ao setor, segundo um comunicado enviado pelo banco britânico.

António Horta-Osório, CEO do grupo, afirma que o banco "está a fazer tudo o que é possível para apoiar os clientes, trabalhadores e comunidades", acrescentando que "compreendemos as dificuldades e os desafios que enfrentam nestes tempos sem precedentes e estamos a trabalhar para fornecer o apoio de que precisam".

Afirma então que, "posto isto, é certo que os Diretores Executivos e o Comité Executivo do Grupo vão renunciar a todos os seus bónus relativos a 2020". 

O banco acrescentou em comunicado que esta decisão é tomada em solidariedade com as comunidades em que operam e em reconhecimento às prioridades dos seus acionistas. 

Desde o início da pandemia, "o Lloyds Banking Group tem tomado um pacote de medidas que visam apoiar os clientes comerciais e de retalho" criando várias linhas de empréstimo com juros nulos ou o adiamento de pagamento de crédito.

O Grupo confirmou que os seus trabalhadores a full-time a part-time iam continuar e as horas a que têm direito, independentemente da sua função ter sido ou não interrompida pelo coronavírus.

"Combinando com as medidas tomadas para salvaguardar a segurança dos nossos colegas da linha de frente, estas medidas garantem que possamos continuar a servir todos os nossos clientes", conclui o banco britânico. 

Em Portugal, o BCP está a avaliar se vai pagar novamente bónus aos seus gestores executivos. Um passo que foi dado no ano passado, com base nas contas do ano anterior, e que já não acontecia há mais de uma década, depois de uma outra crise: a financeira.

No parlamento, o Bloco de Esquerda quis proibir os bancos de pagarem dividendos este ano e pagarem bónus aos gestores, num período marcado pelo impacto da pandemia. Esta é uma das propostas dos bloquistas apresentadas esta sexta-feira. Sobre as linhas de crédito disponibilizadas pelo Governo para as empresas, o partido quer ainda que seja aplicado um "spread" mínimo, recusando que sejam cobradas comissões nestas operações. 
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