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Hollande responde a associação de lesados do BES e encaminha caso para ministro

O presidente de França pediu ao seu ministro das Finanças Michel Sapin que analise as queixas da Associação dos Indignados e Enganados do Papel Comercial do BES (AIEPC), segundo a carta divulgada pela entidade.

25 de Novembro de 2015 às 21:01
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Numa curta missiva endereçada ao advogado da AIEPC, Nuno Silva Vieira, a presidência da república francesa informa que François Hollande tomou nota das queixas que chegaram relativas à resolução do BES e que encaminhou a informação para o ministro das Finanças do país, Michel Sapin.

 

No dia 9 de Setembro, a AIEPC enviou uma comunicação para vários líderes europeus, entre os quais Hollande, o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, e a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, denunciando "a aplicação pelo Banco de Portugal da directiva 2014/59/UE do Parlamento Europeu e do Conselho de 15 de Maio de 2014 - de forma desviante - colocando em causa o regime da resolução bancária na Europa".

 

No comunicado que hoje divulgou junto com a resposta da presidência francesa, o advogado da associação, Nuno Vieira, considera que na carta François Hollande "revela preocupação" e  diz estar "profundamente chocado com a arrogância de algumas instituições portuguesas - ligadas directamente à resolução do BES - que se têm recusado a reunir com os lesados e se escondem de todas as responsabilidades que o Estado de Direito lhes impõe".

 

Para o advogado dos clientes que se sentem lesados com a medida aplicada ao BES no verão do ano passado, "não é admissível num Estado de Direito democrático ser mais fácil dialogar com um chefe de Estado estrangeiro do que com as próprias instituições e banqueiros portugueses".

 

A 3 de Agosto de 2014, o Banco de Portugal tomou o controlo do BES, após a apresentação de prejuízos semestrais de 3,6 mil milhões de euros, tendo aplicado uma medida de resolução que separou a instituição em duas entidades: o chamado 'banco mau' (que mantém o nome BES e que concentra os activos e passivos considerados tóxicos) e o banco de transição, que foi designado Novo Banco.

 

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