Foram levantadas dúvidas sobre a validade de 287 votos por correspondência realizados nas eleições do Montepio. Ao que o Negócios apurou, os envelopes não estavam identificados com o código impresso como habitual, mas com dados inscritos manualmente, o que suscitou dúvidas e levou a comissão eleitoral, liderada por Vítor Melícias, a reunir.

As suspeitas levaram uma das listas que disputa as eleições a chamar a polícia, confirmou o Negócios. Segundo a Antena 1, a polícia terá apreendido os votos em causa.

Recorde-se que as eleições para a Associação Mutualista Montepio Geral têm sido marcadas por acusações de fraude e discriminação por parte das listas que tentam derrotar a actual administração, liderada por António Tomás Correia.

Há cinco listas candidatas aos órgãos sociais da Associação Mutualista Montepio Geral, mas apenas quatro disputam a liderança da instituição que contava com mais de 630 mil associados no final do ano passado.

Pela administração da associação competem a lista A, encabeçada por António Tomás Correia, actual presidente o Montepio; a lista C, liderada por Eugénio Rosa, membro do conselho geral da entidade; a lista D, presidida por António Godinho, autor do livro "Renovar o Montepio"; e a lista E, dirigida por Luís Alberto Silva, actual presidente da União das Mutualidades Portuguesas.