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Governo pondera vender maioria do capital da Caixa Seguros em bolsa

O Governo e a CGD estão a estudar a possibilidade de avançar com a colocação em bolsa da larga maioria do capital da Caixa Seguros se as propostas apresentadas "não forem interessantes e credíveis", avança esta segunda-feira o jornal "Público".

09 de Dezembro de 2013 às 09:09
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Caso as propostas apresentadas pelos dois investidores internacionais na corrida à Caixa Seguros – o fundo norte-americano Apollo Global Management e a chinesa Fosun International – não se revelem suficientemente interessantes e credíveis, a larga maioria do capital da "holding" seguradora do Estado poderá vir a ser colocado em bolsa.

 

A notícia é adiantada esta segunda-feira, 9 de Dezembro, pelo jornal "Público", que revela que a questão está a ser estudada pelo Governo e pela Caixa Geral de Depósitos (CGD) e que ganhou força com o recente sucesso da dispersão em bolsa do capital dos CTT, que permitiu um encaixe de quase 600 milhões de euros.

 

Tal como o Negócios noticiou no dia 21 de Novembro,o sucesso da privatização dos CTT abre a porta da bolsa à Caixa Seguros.

 

Para já, e até se conhecer o teor das propostas dos dois investidores, cujo prazo final de apresentação termina a 16 de Dezembro, tudo se manterá em aberto, mas se as expectativas do Governo e da CGD não forem preenchidas, então a solução alternativa avançará, com 70% a 75% do grupo estatal vendido através de um IPO (oferta pública inicial).

 

Ainda segundo explica o "Público", a decisão final do Estado dependerá não só dos valores apresentados nas propostas pelos dois investidores internacionais, mas também das contrapartidas que exijam ao Estado português. 

 

O Negócios noticiou a 6 de Setembro deste ano que a dispersão em bolsa da Caixa Seguros começou a ser ponderada dentro do grupo CGD por ser uma solução que pode reflectir melhor o valor dos activos em venda – a Fidelidade (que integrou a Mundial-Confiança e a ImpérioBonança) e a Cares –, sem deixar de permitir cumprir a obrigação de privatizar o negócio segurador do banco do Estado.


Ao que o Negócios apurou na altura, esta opção começou a ser encarada por gestores do universo CGD como a melhor solução para a privatização quando ficou evidente que os grupos seguradores iriam ficar de fora do concurso.

 

O facto de apenas dois fundos internacionais de "private equity" terem passado à segunda fase deste processo foi interpretado como mais um sinal de que poderá ser necessário avançar com uma alternativa que, de resto, está prevista no próprio diploma de privatização da Caixa Seguros.

 

Mais tarde, a 23 de Outubro, o Negócios avançou que a gestora norte-americana Apollo Management International estaria a ultimar a sua proposta vinculativa para a compra da Caixa Seguros tendo como preocupação apresentar uma proposta de preço que convença o Governo de que não será possível obter um encaixe superior através da venda em bolsa do negócio segurador da CGD. 


O fundo de "private equity", que juntamente com os chineses da Fosun International Limited foram seleccionados para a última fase da privatização da Caixa Seguros, está empenhado em demonstrar que o Estado fará melhor negócio com a venda através de um concurso competitivo do que através da dispersão do capital em bolsa.

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