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Goldman corta em 27% remuneração do CEO para 22 milhões

O banco norte-americano reduziu em 27% remuneração do seu presidente executivo, Lloyd Blankfein, relativa a 2016.

Bloomberg
Negócios 17 de Março de 2017 às 18:11
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O Goldman Sachs eliminou um bónus que vigorava há muitos anos e que incentivava à permanência no cargo. Agora, passa a haver apenas um prémio ligado ao desempenho.

 

Com esta mudança, os executivos de topo passaram a receber menos. E o CEO, Lloyd Blankfein, é o que vê o maior corte na sua remuneração variável: em 2016, auferiu menos 27%, segundo a Bloomberg.

 

Blankfein recebeu no ano passado, pelo seu desempenho, um bónus de 16 milhões de dólares em acções e de quatro milhões de dólares em dinheiro, além dos dois milhões de dólares da sua remuneração fixa, anunciou o banco no seu relatório do governo das sociedades, divulgado esta sexta-feira, 17 de Março. Ou seja, o total ascendeu a 22 milhões de dólares (20,5 milhões de euros).

 

O Goldman redesenhou a sua estrutura remuneratória para 2016 depois de os investidores se terem queixado do incentivo ligado à permanência no banco, que consideravam ser demasiado complexo. A entidade norte-americana procedeu também a alterações nos bónus baseados no desempenho, de modo a estes reflectirem igualmente a performance relativa do banco.

 

Com esta remuneração, Blankfein foi em 2016 o terceiro CEO mais bem pago de entre os seis maiores bancos dos Estados Unidos. Jamie Dimon, do JPMorgan Chase, auferiu 28 milhões de dólares, ao passo que James Gorman, do Morgan Stanley, levou para casa 22,5 milhões.

 

Já o presidente executivo do Bank of America, Brian T. Moynihan, recebeu 20 milhões de dólares, e o do Citigroup, Mike Corbat, ganhou 15,5 milhões. A completar o sexteto está Tim Sloan, que é desde Outubro CEO do Wells Fargo e que auferiu 12,8 milhões de dólares.

 

Gary Cohn, presidente do Goldman antes de sair para assumir o cargo de principal conselheiro económico do presidente Donald Trump, recebeu 20 milhões de dólares em 2016.

 

O Goldman Sachs aumentou a quota de compensação de Blankfein ligada ao desempenho para 80% da sua remuneração variável, associando todos os seus prémios em acções a retornos de capital.

 

No quarto trimestre de 2016, o Goldman Sachs registou lucros de 2,35 mil milhões de dólares, um aumento face aos 765 milhões conseguidos no período homólogo de 2015.

 

Em 2015, os dados da Equilar sobre as remunerações dos banqueiros mais bem pagos do mundo mostrou que, como tem sido habitual, os líderes dos bancos norte-americanos surgiram destacados no topo dos mais bem pagos. A lista foi então liderada por Jamie Dimon, do JPMorgan (27,6 milhões de dólares), surgindo em segundo Lloyd Blankfein, do Goldman (23,4 milhões de dólares).

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