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Gestão do BPI avalia acções acima do preço da OPA

A administração do BPI aprovou esta quinta-feira o seu parecer sobre a OPA do CaixaBank. A gestão volta a rever em baixa a avaliação das acções do banco, apontando agora para 1,38 euros. CaixaBank promete concentrar novos serviços em Portugal.

Paulo Duarte/Negócios
13 de Outubro de 2016 às 18:33
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A administração do BPI avalia as acções do banco acima dos 1,134 euros que o CaixaBank vai pagar na oferta pública de aquisição obrigatória (OPA). Ao que o Negócios apurou, a gestão aponta para um valor de 1,38 euros.

 

Segundo o relatório sobre a OPA obrigatória do CaixaBank, que o BPI divulgou esta quinta-feira, 13 de Outubro, no site da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, a avaliação apontada pela administração resulta da valorização da actividade doméstica em 1,06 euros por acção, incluindo já o valor de venda de 2% do Banco de Fomento Angola (BFA), acordada com a Unitel.

 

Já a presença internacional do BPI é avaliada em 0,32 euros por título, reflectindo sobretudo a valorização dos 48,1% do BFA e que ascende a 0,27 euros por acção.

 

O valor indicado no parecer da administração sobre a OPA obrigatória está quatro cêntimos acima do valor que o Caixabank pretende pagar, mas está abaixo da avaliação indicativa feita pela equipa de Fernando Ulrich no relatório feito sobre a oferta de aquisição voluntária anunciada em Abril. Nesse parecer, publicado em Junho, a administração do BPI apontava para um valor indicativo de 1,54 euros por acção.

 

Ao que o Negócios apurou, a principal razão para esta desvalorização resulta do facto de já haver acordo entre o BPI e a Unitel para a venda de 2% do Banco de Fomento Angola à Unitel, operação que retira ao banco de Ulrich o controlo da instituição angolana.

 

CaixaBank promete concentrar serviços em Portugal

 

Em termo qualitativos, a administração de Fernando Ulrich considera a OPA " oportuna", já que "pode reforçar a capacidade do BPI para enfrentar os desafios e oportunidades que se colocam ao sector bancário, designadamente pressão significativa sobre as fontes de receitas, crescentes exigências de capital, aumento dos custos regulatórios, transformação digital e consolidação".

 

Além disso, a administração qualifica a oferta do CaixaBank de "amigável" e "positiva". Uma das razões para esta avaliação é o facto de o grupo catalão ter a intenção de promover "o desenvolvimento em Portugal de actividades de prestação de serviços a favor do BPI e do CaixaBank susceptíveis de contribuir para a criação de empregos qualificados em Portugal".

 

Além disso, sublinha o BPI, é intenção do maior accionista "manter o seu estatuto como entidade independente", "as suas parcerias de banca/seguros com o Grupo Allianz e "os princípios que tem seguido na sua política de recursos humanos".

(Notícia actualizada às 19:31 com informação sobre o relatório da administração do BPI, entretanto publicado)

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