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Fusão sem "impacto imediato" nas marcas da Tranquilidade e Açoreana

A Tranquilidade e as suas empresas T-Vida, Logo e Açoreana estão em processo de fusão. Contudo, as marcas vão continuar a existir. A empresa assegura que não há impacto para os clientes.

A seguradora comprada pela Apollo em 2015 tem à venda vários imóveis por 140 milhões de euros, avançou a Bloomberg na semana passada. A Tranquilidade, que pertencia ao Grupo Espírito Santo, está a avaliar a alienação devido às novas exigências da regulação. Segundo a agência de informação, os imóveis à venda da seguradora estão avaliados em 140 milhões de euros.
Miguel Baltazar
23 de Dezembro de 2016 às 12:32
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Sob o mesmo accionista, os grupos Tranquilidade e Açoreana vão juntar-se. É a união da companhia do antigo Grupo Espírito Santo com a seguradora do Banif e dos herdeiros do seu fundador Horácio Roque. Contudo, para já, as marcas vão manter-se.

 

"Este processo não tem qualquer impacto imediato nas marcas Tranquilidade, Açoreana e Logo, na perspectiva de que todas continuam a operar como até aqui", indicou ontem a empresa ao Negócios. A T-Vida é a quarta empresa que também é alvo da fusão.

Um comunicado presente no site da Tranquilidade indica que os clientes das quatro empresas não vão sofrer qualquer impacto. A Açoreana vai manter-se focada na rede de mediadores.

 

Em causa está o processo de fusão, cujo projecto foi apresentado a 22 de Novembro na Conservatória do Registo Comercial. "É um passo no processo de consolidação no mercado, na sequência da conclusão da aquisição da Açoreana a 5 de agosto passado, com vista a criar condições para assumir um papel de liderança no sector", revela o documento publicado no dia seguinte ao registo.

 

"A fusão legal traz um ganho de dimensão e de escala, algo que vai reforçar a oferta de produtos e serviços para clientes e parceiros de distribuição (corretores e agentes). Esta operação permitirá ainda uma gestão de capital mais adequada e uma harmonização do modelo de governo e dos mecanismos de controlo", assinala. 

 

Jan Adriaan de Pooter é o presidente da administração da Tranquilidade que, entretanto, passou também para a liderança da Açoreana.

 

A fusão ocorre no momento em que esteve a decorrer um plano de rescisões para o pessoal com mais de 59 anos, a que aderiu cerca de 4% do quadro, como o Negócios deu conta. 

 

A companhia que pertencia ao GES, Tranquilidade, foi para as mãos da Apollo no início de 2015, enquanto no ano seguinte foi a vez de o fundo americano adquirir a Açoreana. 



História

A evolução da Apollo em Portugal

O fundo de "private equity" Apollo esteve na corrida pela Fidelidade mas foi a Tranquilidade a sua primeira compra. Seguiu-se a Açoreana. Tenta agora adquirir o Novo Banco.

A corrida à fidelidade

O Governo de Passos Coelho colocou à venda o segmento segurador da Caixa Geral de Depósitos em 2013. O fundo Apollo esteve na corrida mas acabou por perde-la para o grupo chinês Fosun no ano seguinte.

A compra da Tranquilidade

Em 2014, surgiu outra oportunidade no sector segurador. A Tranquilidade financiou o Grupo Espírito Santo, em que se inseria, e acabou por ficar descapitalizada. Foi para as mãos do Novo Banco que acordou a venda ao fundo Apollo. Quando entrou, teve de capitalizá-la. Reduziu o capital de 160 milhões de euros, para cobertura de prejuízos, e injectou 42 milhões. Jan de Pooter, vindo da Ocidental, ficou na presidência da Tranquilidade.

A aquisição da Açoreana

A Axa foi posta à venda mas a Ageas ganhou-a à Apollo, deixando espaço para o fundo americano aproveitar a queda do Banif e do grupo dos herdeiros de Horácio Roque para adquirir a Açoreana. Reduziu o capital em 135,6 milhões para posteriormente capitalizá-la, através de injecção e conversão de dívida, em 89,9 milhões. Jan de Pooter acumulou a presidência da Açoreana.

A segunda tentativa do Novo Banco

A Apollo esteve, em 2015, no primeiro concurso (falhado) de venda do Novo Banco, repetindo a presença este ano, ainda que em consórcio com a Centerbridge. A Fosun, a primeira concorrente da Apollo na seguradora, entrou no BCP, concorrente do Novo Banco.

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