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Fundo de Resolução recusa pagar serviços de ex-assessora de Salgado no Novo Banco

O veículo público alega “um incumprimento dos deveres de informação” por parte do banco liderado por António Ramalho, no seguimento das indicações do departamento de compliance sobre a contratação da Alantra.

Luís Máximo dos Santos assumirá a função de vice-governador do Banco de Portugal. Foi colega de António Costa na Faculdade de Direito e desde 1992 tem ligações ao BdP. Antes de entrar para a administração liderou o BES e a comissão liquidatária do BPP.
Luís Máximo dos Santos, presidente do Fundo de Resolução. Bruno Simão/Negócios
14 de Dezembro de 2020 às 08:57
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O Fundo de Resolução decidiu não pagar os "custos suportados pelo Novo Banco com quaisquer serviços de assessoria prestados pela Alantra relativamente a quaisquer activos abrangidos pelo acordo de capitalização", que significou a injeção pública de capital no valor de 3,9 mil milhões de euros.

 

Segundo noticia o Público esta segunda-feira, 14 de dezembro, o veículo público liderado pelo vice-governador do BdP, Luís Máximo dos Santos, informou o conselho de administração executivo do banco desta decisão, alegando ter ocorrido "um incumprimento dos deveres de informação" contratuais a que está obrigado.

 

Em causa estava um "claro risco reputacional" de o banco liderado por António Ramalho contratar a ex-assessora de Ricardo Salgado, Rita Barosa. Numa carta enviada em agosto deste ano, o Fundo de Resolução constatou que lhe foi "omitido", dois anos antes, que o departamento de compliance dera indicações ao Novo Banco para excluir "o Grupo Alantra de quaisquer processos de consulta a serem lançados".

Em comunicado o Novo Banco afirma que "a notícia é totalmente falsa, não existindo em nenhum caso uma falha de informação reportada pelo Banco de Portugal ao Novo Banco". Acrescenta que "todas as deliberações do Conselho de Administração do Banco são disponibilizadas de imediato ao BCE/BdP" e que "o artigo em causa procura objetivamente confundir o Fundo de Resolução, acionista do Novo Banco, com o Banco de Portugal, regulador conjunto da instituição financeira em conjunto com o Banco Central Europeu".

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