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FMI defende mais fusões no sector bancário
José Viñals alerta que 30% dos activos bancários da Zona Euro, cerca de 10 biliões de euros, estão em bancos com processos de "ajustamento pendentes".
"Há demasiados bancos e bancos demasiado débeis." O alerta foi deixado esta sexta-feira, 27 de Maio, pelo director do Departamento de Assuntos Monetários do Fundo Monetário Internacional, José Viñals.
As contas do FMI mostram que 30% dos activos bancários da Zona Euro, que representam cerca de 10 biliões de euros, pertencem a bancos com processos de "ajustamento pendentes". Mais: cerca de 15% dos bancos de economias avançadas está "numa situação complicada" e tem a sua "viabilidade em risco". Neste contexto, José Viñals defende uma maior concentração e simplificação no sector bancário.
O Banco Popular pode ainda ter que constituir provisões no valor máximo de 4,7 mil milhões de euros, o que poderá originar prejuízos em 2016 e obrigar à suspensão do pagamento de dividendos.
Os analistas do CreditSights estimam que o Popular pode fechar este ano com prejuízos de mais de dois mil milhões de euros, enquanto os do Haitong admitem que o valor de provisões previsto pode não ser suficiente. "O banco ainda precisa de superar uma grande quantidade de activos problemáticos e poderá necessitar de mais provisões do que o previsto", estima o banco de investimento.