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Fed anuncia quinta-feira resultados dos testes de stress à banca
O banco central dos EUA, liderado por Janet Yellen, vai divulgar os resultados da análise à robustez das maiores instituições financeiras que operam no país.
A Reserva Federal norte-americana apresenta, às 21:30 de Lisboa de quinta-feira, 22 de Junho, os resultados da primeira parte dos seus testes de stress anuais à banca, realizados no âmbito da Lei Dodd-Frank promulgada após a crise financeira de 2008.
No ano passado, nos resultados dos testes de stress realizados a 33 grandes instituições financeiras houve dois chumbos: as unidades norte-americanas do alemão Deutsche Bank e do espanhol Santander. E um terceiro, o Morgan Stanley, passou à justa.
Ambas as unidades destes bancos europeus a operarem nos EUA tinham já recebido cartão vermelho nos testes de stress de 2015, e também em termos qualitativos, por não preencherem os critérios previstos. O Santander Holdings USA também já tinha sido chumbado em 2014, devido a problemas ao nível da "governance", controlos internos, gestão de risco e sistemas de informação.
Recorde-se que este ano o Deutsche Bank tem sido alvo de várias multas. No passado dia 30 de Maio, os EUA multaram o banco alemão por falhas no controlo de lavagem de dinheiro. A multa de 41 milhões de dólares (36,7 milhões de euros) foi a mais recente entre as que já foram impostas este ano pelas autoridades norte-americanas e britânicas a esta instituição financeira, por práticas de manipulação, supervisão negligente e lavagem de dinheiro.
Nesta análise da Fed à robustez financeira das maiores instituições financeiras a operarem nos EUA (o requisito é que tenham mais de 50 mil milhões de dólares em activos) a Fed avalia avalia se estas dispõem de amortecedores de capital suficientes para sobreviverem a uma crise semelhante à de 2008.
Esta avaliação à qualidade dos activos da banca, conhecida como Comprehensive Capital Analysis and Review (CCAR [Análise e Avaliação Abrangente do Capital]), é essencial para os bancos, já que determina se eles podem avançar com os seus programas de distribuição de dividendos e de recompra de acções nos próximos 12 meses.