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Executivos do Deutsche Bank absolvidos no caso Kirch

O co-presidente executivo do Deutsche Bank foi absolvido em tribunal , assim como outros ex-dirigentes do banco, de alegado falso testemunho no âmbito da falência do grupo de media Kirch.

Bloomberg
Negócios 25 de Abril de 2016 às 15:59
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Uma disputa de 14 anos chega assim a uma sentença. Jürgen Fitschen (na foto), co-presidente executivo do banco alemão Deutsche Bank, assim como os ex-presidentes Josef Ackermann e Rolf Breuer foram julgados por alegado crime de prestação de informação falsa. Mas acabam absolvidos. O julgamento durou mais de um ano no tribunal de Munique. Foram também absolvidos os ex-executivos Clemens Boersig e Tessen von Heydebreck.

A Bloomberg escreve que o veredicto é mais um revés para os procuradores alemães nos crimes de colarinho branco. No mês passado, o ex-presidente executivo da Porsche, Wendelin Wiedeking, e o ex-administrador financeiro, Holger Haerter, foram ilibados por um tribunal de Estugarda das acusações de manipulação de mercado com as acções da Volkswagen durante a oferta sobre esta construtora automóvel em 2008.

"No início havia suspeitas de má-conduta, por isso se tornou legítimo trazer este caso a julgamento, mas depois de um ano em tribunal não puderam ser confirmadas", declarou o juiz que presidiu ao julgamento, Peter Noll.

Os executivos do Deutsche Bank iam acusados de prestação de falsas informações depois da queixa cível de Leo Kirch, que reclamava uma indemnização de dois mil milhões de euros por considerar que o banco tinha contribuído para a falência do grupo de media, quando Breuer foi questionado na Bloomberg TV sobre a qualidade creditícia do grupo Kirch em Fevereiro de 2002. Mas rejeitada esta acção cível, o juiz considerou que Breuer, Ackermann e mais dois executivos lhe tinham mentido. Um comentário que levou a Procuradoria de Munique a avançar com a acusação em 2011 e que resultou num raide à sede do Deutsche Bank. Fitschen foi associado a esta acção em 2013.

A pressão face a uma possível acção crime levou o banco alemão a negociar um acordo com os herdeiros de Kirch em 2014, depois de mais de uma década de litigância. O Deutsche Bank acordou pagar 927,9 milhões de euros, valor a que se acrescentou 43 milhões de pagamentos a advogados e assessores.

Os procuradores pediam, agora, prisão de dois anos e meio para Ackermann e três anos e meio para Breuer. Para Fitschen, que deixará de ser presidente executivo a 19 de Maio, pediam 15 meses de pena suspensa e para o ex-presidente Clemens Boersig 21 meses de pena suspensa- Além disso, pediam uma multa de um milhão de euros para o Deutsche Bank.

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