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Deutsche Bank alvo de buscas

As instalações em Frankfurt do maior banco alemão foram alvo de buscas no âmbito da investigação relacionada com o processo judicial do caso Leo Kirch.

25 de Março de 2014 às 17:22
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O Ministério Público de Munique está a investigar funcionários e advogados do Deutsche Bank tendo, segundo a Bloomberg, efectuado buscas nas instalações do banco em Frankfurt e nas habitações privadas de funcionários relacionados com o caso do empresário de comunicação Leo Kirch.

 

As buscas desta terça-feira e as da semana anterior a duas firmas de advogados do banco alemão mostram que o acordo de 925 milhões de euros poderá ser insuficiente para dirimir as queixas que os filhos de Kirch mantêm contra o Deutsche Bank.

 

O conjunto de documentos apreendidos revelam que o Deutsche Bank terá conspirado com o objectivo de acabar com o grupo de media Kirch. De acordo com a investigação a alegada conspiração do banco alemão poderia também ter como objectivo a escolha desta instituição financeira como assessora para a reestruturação do Grupo de Kirch.

 

O ex-CEO do banco alemão, Rolf Breuer e o ex-vice-CEO, Juergen Fitschen, foram constituídos arguidos por fraude, depois de estes terem alegadamente incorrido em falso testemunho nas declarações prestadas em tribunal. O banco alemão, refere a Bloomberg, nega qualquer comportamento inadequado dos antigos líderes da instituição.

 

Apesar de Leo Kirch ter morrido em 2011, o caso Kirch continuou até que no mês passado surgiu um acordo que previa o referido pagamento de 925 milhões de euros. O processo, continuado entretanto desde 2011 pelos filhos de Kirch, prolonga-se há 12 anos.

 

Leo Kirch acusava o Deutsche Bank de ter conspirado secretamente com a intenção de destruir o grupo de media do qual o empresário alemão era dono. Agora, as buscas efectuadas nos últimos dias parecem apontar para um mais elevado grau de responsabilidade do Deutsche Bank do que aquele que os tribunais concluiram na decisão tomada em Fevereiro.

 

Os dois antigos funcionários de topo do banco também estão a ser investigados pelo Ministério Público de Frankfurt por esquemas de fuga ao fisco relacionados com certificados de emissão de carbono. 

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