Notícia
Eurobic teve lucros de 5 milhões nos primeiros quatro meses do ano
O Eurobic indicou que em abril e maio teve um crescimento do volume de negócios de "aproximadamente 130 milhões de euros" e que os depósitos cresceram em 100 milhões de euros.
17 de Junho de 2020 às 18:36
O Eurobic teve lucros de cinco milhões de euros nos primeiros quatro meses deste ano, período em que reforçou as imparidades de crédito em nove milhões de euros, segundo informações dadas pelo banco à agência Lusa.
A Lusa questionou o Eurobic sobre a viabilidade após o Abanca ter desistido de comprar o banco, tendo fonte oficial respondido com os resultados entre janeiro e abril, com um resultado líquido de cinco milhões de euros.
No ano passado o EuroBic teve lucros recorde de 62 milhões de euros.
O banco indicou ainda que o resultado do primeiro quadrimestre "reflete o impacto do covid-19", com uma desvalorização da carteira de investimentos em cinco milhões de euros, o que disse que "anulou em grande medida os proveitos líquidos de 7,5 milhões de euros reconhecidos neste período pela redução de responsabilidade com benefícios de longo prazo decorrente da renegociação do acordo de empresa".
Já questionado até quando continuará em funções a atual administração e quando será a nova assembleia-geral eletiva, uma vez que na reunião magna de abril a decisão de eleger os novos órgãos sociais foi adiada uma vez que estava em curso o processo de compra pelo Abanca, fonte oficial indicou que a administração continua em "funções plenas até que, em nova assembleia-geral, os acionistas digam de sua justiça".
"Até lá este Conselho de Administração (o que inclui, obviamente, a comissão executiva) desempenharão, com o mesmo profissionalismo e dedicação de sempre", segundo a resposta enviada por escrito à Lusa.
Sobre a data para nova assembleia-geral, indicou que cabe aos acionistas pronunciarem-se.
Quanto a outros indicadores, o Eurobic indicou que em abril e maio teve um crescimento do volume de negócios de "aproximadamente 130 milhões de euros" e que os depósitos cresceram em 100 milhões de euros.
O banco disse ainda que concedeu moratórias de crédito a 2.500 famílias e 4.00 empresas no valor total de 1,3 mil milhões de euros e que tem 100 milhões de euros aprovados em linhas de apoio à economia.
O rácio de crédito malparado bruto é de 6,3% e o rácio líquido de 1,7% e, sobre o capital, o rácio de capital CET1 de 13,7%.
O grupo espanhol Abanca anunciou na terça-feira que desistiu de comprar o EuroBic "uma vez que as condições acordadas para o referido objetivo não foram cumpridas".
O banco espanhol tinha chegado no início de fevereiro a um pré-acordo para comprar 95% do capital do português EuroBic. Já em 05 de maio, o Abanca disse que tinha renovado a aposta na compra do Eurobic, mas por um preço inferior ao inicial, devido ao "efeito adverso" provocado pela covid-19.
Em janeiro passado foi conhecido que Isabel dos Santos ia abandonar a estrutura acionista do EuroBic, após a divulgação de documentos da investigação jornalística 'Luanda Leaks'. Então o Eurobic disse que essa medida se destinava a "salvaguardar a confiança na instituição" e também informou que a empresária tinha renunciado "em definitivo ao exercício dos seus direitos de voto". Entretanto, a ações da empresária no banco ficaram sob arresto judicial.
As empresas de Isabel dos Santos acionistas do Eurobic (Santoro Finance e a Finisantoro, que em conjunto detêm 42,5% do banco) disseram hoje que mantêm a vontade de vender as suas posições e que estão a dar "início à apreciação de outras propostas de interesse que já se manifestaram".
O Eurobic nasceu em 2008 de capitais angolanos e em 2014 comprou parte da atividade bancária do BPN por 40 milhões de euros, o banco nacionalizado em 2008.
O Eurobic é, desde 2016, liderado por Fernando Teixeira dos Santos, que era ministro das Finanças do governo PS de José Sócrates quando foi decidida a nacionalização do BPN.
A Lusa questionou o Eurobic sobre a viabilidade após o Abanca ter desistido de comprar o banco, tendo fonte oficial respondido com os resultados entre janeiro e abril, com um resultado líquido de cinco milhões de euros.
O banco indicou ainda que o resultado do primeiro quadrimestre "reflete o impacto do covid-19", com uma desvalorização da carteira de investimentos em cinco milhões de euros, o que disse que "anulou em grande medida os proveitos líquidos de 7,5 milhões de euros reconhecidos neste período pela redução de responsabilidade com benefícios de longo prazo decorrente da renegociação do acordo de empresa".
Já questionado até quando continuará em funções a atual administração e quando será a nova assembleia-geral eletiva, uma vez que na reunião magna de abril a decisão de eleger os novos órgãos sociais foi adiada uma vez que estava em curso o processo de compra pelo Abanca, fonte oficial indicou que a administração continua em "funções plenas até que, em nova assembleia-geral, os acionistas digam de sua justiça".
"Até lá este Conselho de Administração (o que inclui, obviamente, a comissão executiva) desempenharão, com o mesmo profissionalismo e dedicação de sempre", segundo a resposta enviada por escrito à Lusa.
Sobre a data para nova assembleia-geral, indicou que cabe aos acionistas pronunciarem-se.
Quanto a outros indicadores, o Eurobic indicou que em abril e maio teve um crescimento do volume de negócios de "aproximadamente 130 milhões de euros" e que os depósitos cresceram em 100 milhões de euros.
O banco disse ainda que concedeu moratórias de crédito a 2.500 famílias e 4.00 empresas no valor total de 1,3 mil milhões de euros e que tem 100 milhões de euros aprovados em linhas de apoio à economia.
O rácio de crédito malparado bruto é de 6,3% e o rácio líquido de 1,7% e, sobre o capital, o rácio de capital CET1 de 13,7%.
O grupo espanhol Abanca anunciou na terça-feira que desistiu de comprar o EuroBic "uma vez que as condições acordadas para o referido objetivo não foram cumpridas".
O banco espanhol tinha chegado no início de fevereiro a um pré-acordo para comprar 95% do capital do português EuroBic. Já em 05 de maio, o Abanca disse que tinha renovado a aposta na compra do Eurobic, mas por um preço inferior ao inicial, devido ao "efeito adverso" provocado pela covid-19.
Em janeiro passado foi conhecido que Isabel dos Santos ia abandonar a estrutura acionista do EuroBic, após a divulgação de documentos da investigação jornalística 'Luanda Leaks'. Então o Eurobic disse que essa medida se destinava a "salvaguardar a confiança na instituição" e também informou que a empresária tinha renunciado "em definitivo ao exercício dos seus direitos de voto". Entretanto, a ações da empresária no banco ficaram sob arresto judicial.
As empresas de Isabel dos Santos acionistas do Eurobic (Santoro Finance e a Finisantoro, que em conjunto detêm 42,5% do banco) disseram hoje que mantêm a vontade de vender as suas posições e que estão a dar "início à apreciação de outras propostas de interesse que já se manifestaram".
O Eurobic nasceu em 2008 de capitais angolanos e em 2014 comprou parte da atividade bancária do BPN por 40 milhões de euros, o banco nacionalizado em 2008.
O Eurobic é, desde 2016, liderado por Fernando Teixeira dos Santos, que era ministro das Finanças do governo PS de José Sócrates quando foi decidida a nacionalização do BPN.