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EuPago vai substituir bancos nas cobranças por débito direto
A “fintech” portuguesa estima processar dois milhões de transações, já no próximo ano, naquele que é o segundo meio de pagamento mais utilizado em Portugal, logo a seguir aos cartões.
A EuPago, que foi já este ano autorizada pelo Banco de Portugal a funcionar como instituição de pagamento ao abrigo da DSP2 (nova diretiva de serviços de pagamento), pretende substituir a banca nas relações das empresas com os seus devedores, passando a fazer cobranças por débito direto "junto das empresas portuguesas de menor dimensão por não disporem de força negocial junto dos seus bancos", anunciou a "fintech" portuguesa.
Recordando que os custos de cobrança representam já 4,5% do PIB nacional, sendo que apenas 14% dos pagamentos são efetuados dentro dos prazos contratados, a EuPago lembra que, segundo o Relatório de Sistemas de Pagamento do Banco de Portugal, os débitos diretos foram o segundo meio de pagamento mais utilizado em Portugal, logo a seguir aos cartões.
"Os débitos diretos deixaram de ser exclusivos dos bancos e até o recente sistema de pagamento de impostos usado pelo Fisco já pode ser utilizado por qualquer profissional", explica José Veiga, co-CEO da EuPago, em comunicado.
A EuPago tem como objetivo processar dois milhões de transações já em 2020, o correspondente a cerca de 10% do seu volume de pagamentos.
"Acredito que, dos dois milhões de transações que estimamos, 80% vão ser processadas pela primeira vez, o que traduz bem a importância desta medida", enfatiza o mesmo gestor.
A EuPago pretende este ano duplicar, "pelo menos", os três milhões de transações efetuadas em 2018, ano em que, afiança, transacionou 128 milhões de euros.