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Empréstimos a empresas do Norte disparam

O valor dos novos empréstimos às empresas do Norte aumentou 17,7% no primeiro trimestre deste ano face ao mesmo período do ano passado, cerca de sete pontos percentuais acima da média nacional.

O montante dos novos empréstimos concedidos às empresas nortenhas aumentou 17,7% no primeiro trimestre deste ano face ao mesmo período do ano passado.
05 de Julho de 2018 às 14:53
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A torneira bancária voltou a abrir-se para as empresas portuguesas, com um maior caudal a correr em direcção às sediadas na região Norte.

 

No primeiro trimestre deste ano, o montante dos novos empréstimos concedidos às empresas nortenhas aumentou 17,7% face ao mesmo período do ano passado, cerca de sete pontos percentuais acima da média nacional.

 

É a confirmação da tendência que tinha sido operada nos últimos três meses de 2017, quando se verificou um crescimento homólogo de 2,5% na região Norte, "recuperando um valor que já não se registava desde o primeiro trimestre de 2014", enfatiza a Comissão de Coordenação da Região Norte (CCDRN).

 

Apesar disso, no final do primeiro trimestre de 2018, o valor global da dívida das empresas do Norte ao sistema bancário e financeiro residente, que se cifrava em 21,036 mil milhões de euros, apresentava ainda uma variação homóloga negativa em 0,6% (contra -2,4% no trimestre anterior), "prosseguindo assim uma trajectória de desagravamento da tendência negativa", enfatiza a CCDRN no seu último relatório Norte Conjuntura.

 

Já em termos de incumprimento bancário (rácio de crédito vencido em % do crédito concedido), as empresas do Norte continuam a exibir menos risco - diminuiu de 10,6% para 10,2% no primeiro trimestre deste ano - do que o registado a nível nacional (baixou de 13,5% para 12,9%). A proporção de empresas devedoras do Norte que possuem crédito vencido desceu de 24,1% para 23,8%, enquanto a a nível nacional passou de 25,1% para 24,7%.

 

Acresce que o valor total do crédito às famílias e às empresas do Norte registou, em termos homólogos, uma variação nula, resultado que compara com os 0,9% negativos no final do trimestre anterior. "A última vez que este indicador tinha observado uma variação homóloga não negativa nesta região foi há sete anos, no primeiro trimestre de 2011", sublinha o organismo liderado por Freire de Sousa.

 

Já a nível nacional, este rácio continua abaixo da linha-de-água, registando ainda uma variação homóloga negativa de 1,5%, no final de Março passado, contra 2,2% negativos no trimestre anterior.

Região Norte com taxa de emprego mais elevada dos últimos 15 anos

 

O emprego na região do Norte cresceu 3,5% no terceiro trimestre de 2017 e a taxa de emprego atingiu os 71,9%, o "valor mais elevado dos últimos 15 anos", perante os 71,6% no trimestre anterior e os 68,5% do período homólogo de 2016, conclui também o Norte Conjuntura.

 

Um aumento do emprego que, de acordo com o relatório elaborado pela CCDRN, "foi impulsionado sobretudo pela indústria transformadora, cujo nível de emprego registou o crescimento mais acentuado dos últimos sete trimestres", assim como pelo "alojamento, restauração e similares. Em sentido contrário, há menos pessoas empregadas no sector primário e na construção", ressalva.

 

O ramo de "alojamento, restauração e similares" registou "mais cerca de 20 mil pessoas empregadas, equivalendo a uma variação homóloga de 29,1%", enquanto nas indústrias transformadoras registou-se também "um acréscimo de cerca de 20 mil empregados", o que se traduziu numa variação homóloga de 4,9%.

 

O sector primário tem na região Norte "cerca de menos 28 mil pessoas empregadas do que há um ano", o que representou um decréscimo homólogo de 22,2%. O emprego na construção apresentou uma queda homóloga de 6,4%, "contrastando com os ganhos alcançados nos quatro trimestres anteriores".

 

Ainda segundo o Norte Conjuntura, o aumento de 3,5% na população empregada residente na região do Norte é o "equivalente a mais cerca de 57 mil pessoas empregadas".

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