Notícia
Elisa Ferreira apontada como uma das favoritas à presidência da supervisão do BCE
A Bloomberg avança que a vice-governadora do Banco de Portugal é uma das duas favoritas, junto à irlandesa Sharon Donnery, para a presidência do Mecanismo Único de Supervisão do BCE.
Depois de Vítor Constâncio e Mário Centeno, Portugal poderá ter outro alto representante numa instituição de topo da União Europeia. Segundo avança a agência Bloomberg esta sexta-feira, 24 de Agosto, com base em fontes envolvidas no processo, a economista Elisa Ferreira está entre as duas favoritas à sucessão de Danièle Nouy na presidência do Mecanismo Único de Supervisão do Banco Central Europeu.
A Bloomberg escreve que para lá da competência, experiência e apoio político, o factor decisivo pode ser o género, já que aparentemente o BCE preferirá que seja uma mulher a substituir outra mulher, a francesa Nouy que termina mandato em 31 de Dezembro próximo.
A experiência de Elisa Ferreira enquanto eurodeputado, onde esteve no comité de assuntos económicos e monetários, designadamente o envolvimento como chefe de negociação para a criação de um enquadramento legal para bancos insolventes, é um dos pontos a favor da portuguesa. Desde logo porque a economista tem um conhecimento profundo das regras europeias adoptadas na sequência da crise das dívidas soberanas e que passa por salvaguardar os contribuintes das perdas dos bancos.
Contra a ex-ministra nos governos de António Guterres está a relativamente curta experiência ao nível do sector financeiro bem como o facto de actualmente ser um português o presidente do Eurogrupo (Mário Centeno), assim como o facto de até há pouco Vítor Constâncio ter sido o número dois do BCE.
Escolha será feita antes do final de 2018
A nomeação do futuro presidente do Conselho de Supervisão do Mecanismo Único de Supervisão, cujo mandato é de cinco anos e não é renovável, terá de ser feita até ao final deste ano, numa decisão a cargo do Parlamento Europeu e dos governos dos países-membros da área do euro, que têm de aprovar por maioria o nome escolhido pelo Conselho do BCE proposto ao Parlamento Europeu. O Conselho de Supervisão é o organismo responsável pela vigilância do sistema financeiro da Zona Euro.
Se não vingar o critério de "preferência" por uma mulher, a Bloomberg coloca três homens italianos como favoritos ao cargo: Andrea Enria, ex-presidente da Autoridade Bancária Europeia, Ignazio Angeloni, que integra o BCE desde a sua fundação, e ainda Faboio Panetta, o actual representante do Banco de Itália no Mecanismo Único de Supervisão.
(Notícia actualizada às 12:35)