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Deutsche Bank pode despedir pelo menos 10% dos colaboradores em unidade até agora poupada

Depois de ter sido divulgado que o banco alemão deveria eliminar cerca de 20% da força de trabalho a nível global, surge a possibilidade de estender este número alargando os cortes a novas unidades.

Deutsche Bank
reuters
21 de Outubro de 2019 às 18:05
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O alemão Deutsche Bank está a considerar continuar a onda de despedimentos. A divisão que comercializa títulos indexados a taxas de juro, e que tinha ficado imune à última ronda, poderá ser o próximo foco dos cortes na força laboral do banco.

De acordo com fontes consultadas pela Bloomberg, a unidade deverá sofrer um corte na força de trabalho na ordem dos dois dígitos, mas numa percentagem reduzida - pelo que serão despedidos, no mínimo, 10% dos trabalhadores. Por agora, a unidade conta com várias centenas de funcionárioss.

O CEO, Christian Sewing, terá concluído que a redução nos custos com tecnologia será suficiente para compensar as perdas de receitas. Contudo, ainda não existe uma decisão final.

"Estamos comprometidos com uma plataforma de títulos indexados a taxas de juro robusta e ampla, e estamos a investir em áreas onde vemos oportunidades para que o negócio de clientes de franchise cresça", afirmou o porta-voz do banco, em declarações enviadas por e-mail à agência de notícias.

O banco está de momento a proceder a uma revisão desta unidade, que se tem debatido com baixos lucros. As conclusões poderão ser apresentadas no dia que o banco dedica aos investidores, em dezembro.

Uma reestruturação pela rescisão

O Deutsche Bank tem o objetivo de eliminar um total de 18 mil postos de trabalho em todo o mundo, o que corresponde a cerca de um quinto da sua força laboral. A Bloomberg revela que cerca de metade destes postos de trabalho serão eliminados na Alemanha, o principal mercado do banco, adiantou a Bloomberg no início de outubro.

O Deutsche Bank empregava, no final do ano passado, cerca de 41.700 pessoas no mercado alemão e vai eliminar cerca de 20% da força laboral naquele país. Fora do seu mercado interno, o Deutsche Bank vai também reduzir o número de postos de trabalho em Londres devido ao Brexit. Já nos EUA os cortes deverão ser menores, uma vez que o banco já fechou as operações de negociação de ações.

O Deutsche Bank aprovou, em julho, um mega plano de reestruturação, que vai custar-lhe 7,4 mil milhões de euros. O plano prevê que o banco abandone o negócio de venda e negociação de ações que, segundo a Reuters, rendeu à instituição 1,96 mil milhões de euros em receitas em 2018.

Apesar de sair deste negócio, o Deutsche Bank prevê manter uma pequena operação no mercado de capitais. A banca de investimento será também reduzida, focando-se a atividade nos clientes empresariais alemães, fusões e aquisições, banca privada e gestão de ativos.

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