O Deutsche Bank revelou esta quinta-feira, 26 de Abril, que fechou os primeiros três meses deste ano com lucros de 120 milhões de euros, o que representa uma descida de 79% face ao mesmo período do ano passado.

O resultado líquido ficou abaixo do esperado pelos analistas consultados pela Reuters, que antecipavam lucros de 376 milhões de euros. São, assim, números decepcionantes do maior banco alemão que completou, em 2017, o terceiro ano consecutivo de prejuízos com um resultado negativo de 497 milhões de euros.

Entre Janeiro e Março, as receitas do Deutsche Bank caíram 5% para 7 mil milhões de euros, penalizadas pelas descidas em todas as áreas de actividade, incluindo um recuo de 10% na divisão de gestão de activos.

No mesmo dia em que apresentou as suas contas do trimestre, o banco anunciou que tem planos para diminuir "significativamente" a sua força de trabalho em 2018, particularmente na banca de investimento. Além disso, a instituição também pretende reduzir as operações de vendas de títulos e acções, particularmente nos Estados Unidos e na Ásia.

Em comunicado, o recém-nomeado CEO do Deutsche Bank, Christian Sewing, sublinhou que o banco está "no bom caminho" no que respeita às suas unidades de gestão de activos e banca privada, ainda que seja necessário "melhorar substancialmente a rentabilidade de ambas".

"Não há tempo a perder, já que os retornos actuais para os nossos accionistas não são aceitáveis", afirmou Sewing, citado pela CNBC.

Christian Sewing substituiu John Cryan no cargo de presidente executivo no início deste mês, e espera-se que o novo responsável altere a estratégia da instituição de procurar um crescimento rápido dos lucros através da banca privada, para se focar mais no mercado doméstico e na banca de retalho. Sewing é o quarto CEO do banco em seis anos.

As acções do Deutsche Bank estão a valorizar 0,70% para 12,074 euros, depois de terem chegado a cair um máximo de 4,24% para 11,482 euros.