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Deco e regulador dos seguros falam com PS sobre medidas para a banca

O Partido Socialista vai reunir-se esta quinta-feira com a ASF e com a Deco. Faz parte das audições que o grupo parlamentar realiza para promover mudanças na banca.

Foi 'um guardião da democracia', declarou o presidente do PS, Carlos César, considerando ser um 'dia triste' para o partido e para a memória colectiva do país. 'Não morreu um dirigente socialista, mas um grande português, um obreiro das liberdades, um guardião da democracia', afirmou à Lusa Carlos César, referindo que, 'por isso, todos os portugueses, independentemente da sua condição partidária, estarão, certamente, associados neste momento numa manifestação colectiva de pesar e numa homenagem à memória de luta e à memória de concretização que representou a actuação política de Mário Soares e o seu comportamento físico ao longo destas últimas décadas'.
Para Carlos César, o antigo Presidente da República é, 'sem dúvida, a personalidade mais relevante da segunda metade do século XX e, em particular, depois de restaurada a democracia em Portugal'. 
'É um dia triste para o Partido Socialista, para a nossa memória colectiva e para a democracia portuguesa, porque perdemos um dos seus principais lutadores e um dos seus principais obreiros', salientou Carlos César, também líder do grupo parlamentar do PS na Assembleia da República. Para o dirigente socialista, 'Mário Soares foi decisivo no combate à ditadura e na adopção da democracia e do regime de liberdades públicas, na sua protecção em todos os momentos'.
'Devemos-lhe não só a nossa condição de país democrático, como também a nossa condição de país europeu', declarou o presidente do PS, realçando que 'foi pelas mãos de Mário Soares' que Portugal 'se libertou de um isolamento que o condenou entre as nações' e 'passou a ser um parceiro respeitado no exterior e ajudado por países amigos'.
Carlos César acrescentou que todo o desempenho do ex-Presidente da República 'foi não só decisivo para aquilo que hoje é o Partido Socialista como grande partido na sociedade portuguesa, mas sobretudo para aquilo que hoje é' Portugal, 'um país incomparavelmente diferente e melhor do que era há 40, há 30 anos'.
Bruno Simão
01 de Março de 2017 às 17:07
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O regulador dos seguros (ASF) e a Deco vão reunir-se com o Partido Socialista. Em cima da mesa está a alteração à legislação sobre a banca.

 

"As audições inserem-se num conjunto de auscultações a decorrer por iniciativa do GPPS a várias entidades relacionadas com o sector bancário com vista à apresentação de medidas legislativas na área da banca", assinala uma nota enviada às redacções.

 

Os encontros do grupo parlamentar socialista com a Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF) e com a associação de defesa de consumidor ocorrem esta quinta-feira, 2 de Março, que já se reuniram, por exemplo, com o Sindicato dos Bancários do Sul e Ilhas neste mesmo âmbito.

 

Destes encontros resultará um conjunto de medidas que o PS quer ver discutidas, como revelou o líder da bancada, Carlos César, a 7 de Fevereiro. O objectivo é chegar a conclusões em Junho. 

 

"Introduzir legislação de protecção de clientes e trabalhadores do sistema bancário e financeiro, em particular face a práticas comerciais agressivas, que implicam a adopção de riscos não percebidos por agentes de mercado não qualificados", é um dos pontos a ser debatido pelo PS, depois de casos como o papel comercial do Grupo Espírito Santo.

 

"Garantir uma separação clara e nítida na relação com clientes, entre a entidade financeira colocadora de títulos de dívida e capital e os grupos que detêm, ou são detidos, por essa entidade bancária" e "garantir uma separação clara entre a função de supervisão (prudencial e comportamental) e a função de resolução bancária, numa aproximação mais vasta onde se inclui a interacção e o escrutínio das instituições europeias" são outros elementos em debate.

 

Das audições que o PS pretende realizar constam ainda o Ministério das Finanças e os restantes reguladores (Banco de Portugal e Comissão do Mercado de Valores Mobiliários).


O PS realiza estas audições depois de, no ano passado, o Governo que o partido sustenta, juntamente com BE, PCP e PEV, ter dito que pretendia promover uma alteração no universo da supervisão (nomeadamente separando os poderes de supervisão face aos poderes de resolução, actualmente concentrados no Banco de Portugal), que não aconteceu até aqui.

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