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DBRS avisa que inflação e energia vão pressionar bancos portugueses a médio prazo

A agência de rating destaca o aumento das receitas e a diminuição das provisões e do malparado nos primeiros nove meses do ano mas alerta para potenciais riscos de médio prazo no crédito e no valor dos ativos.

A agência canadiana DBRS divulga esta noite a notação financeira do país. Avalia atualmente a dívida portuguesa no nível de investimento BBB (“high”) com perspetiva positiva.
iStockphoto
17 de Novembro de 2022 às 13:34
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A agência canadiana de rating DBRS alerta para as potenciais consequências da inflação e dos custos da energia nos balanços dos bancos portugueses.

Num comentário aos resultados das seis maiores instituições financeiras nacionais (Caixa Geral de Deposito, BCP, Novo Banco, Banco Montepio BPI e Santander Totta), a casa de notação financeira avisa que "a pressão inflacionista persistente e os custos de energia elevados vão provocar stress nos devedores e aumentar os riscos da qualidade dos ativos no médio prazo".

A DBRS realça que entre janeiro e setembro de 2022 os resultados líquidos (1,91 mil milhões de euros) quase duplicaram na comparação com o mesmo período de 2021 (1 milhão de euros), num crescimento alicerçado pelo aumento de receitas e redução de imparidades e provisões". A maior parte dos bancos já excedeu os lucros do período pré-pandemia, "beneficiando de um aumento significativo das receitas líquidas e das comissões, que aconteceram num ambiente de taxas de juro favoráveis e recuperação sustentada da economia, em particular em setores exportadores e no turismo".

A casa de notação financeira prevê que as receitas dos bancos continuem positivas, "tendo em conta o atual ambiente de taxas de juro e a grande proporção de créditos a taxa variável".

As provisões e imparidades nos primeiros nove meses do ano desceram 34% na comparação com o período homólogo e refletiram, nalguns casos, a reversão de provisões feitas em 2020 e 2021, durante a pandemia. A DBRS sublinha no entanto um crescimento das provisões do segundo par ao terceiro trimestre do ano, "em resultado das provisões feitas pela subsidiárias do BCP na Polónia".

O crédito malparado continuou a cair (de 4,5% em setembro de 2021 para 3,7% neste ano), "refletindo o progresso na diminuição de riscos ‘legacy’ e a resistência da qualidade dos ativos no pós-moratórias".
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