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Concorrência preocupada com compra de activos da Unicre pela SIBS

A Autoridade da Concorrência passou a investigação aprofundada a compra pela SIBS de alguns activos da Unicre. SIBS diz que já estava à espera desta decisão que não traduz juízo da entidade.

Negócios 13 de Dezembro de 2016 às 18:26
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A compra pela SIBS de alguns activos da Unicre preocupa a Autoridade da Concorrência (AdC), que quer analisar mais em pormenor essa transacção. Aquela entidade passou a operação de concentração a investigação aprofundada, uma nova etapa na análise da compra.

De acordo com um comunicado, a AdC deu início a esta fase de investigação aprofundada "por considerar que, à luz dos elementos recolhidos na primeira fase do procedimento, subsistem indícios de que a operação possa resultar em entraves significativos à concorrência efectiva no mercado, em particular no que diz respeito à actividade de prestação de serviços de aceitação de cartões de pagamento em TPA (Terminal de Pagamento Automático) disponível nas lojas".

A AdC diz que, nesta segunda fase, desenvolverá "as diligências complementares necessárias ao esclarecimento das dúvidas identificadas". E cita os riscos de encerramento de mercado com a integração no mesmo grupo de actividades complementares no sector dos pagamentos com cartões. E este encerramento pode traduzir-se, diz a AdC, em taxas mais elevadas para os comerciantes, que, por isso, podem desistir de ter terminais de pagamento, em prejuízo dos consumidores.


A SIBS, liderada por Madalena Tomé (na foto), chegou a acordo para comprar a actividade de aceitação de cartões de pagamento junto de comerciantes da Unicre, operação anunciada em Setembro.

Agora, e depois da comunicação da investigação aprofundada, a SIBS diz que a operação "surge num contexto de forte pressão competitiva internacional e segue a tendência de extensão de valências à actividade de 'merchant acquiring', por parte dos principais operadores internacionais, permitindo responder de forma mais ágil às necessidades dos comerciantes e consumidores, que procuram soluções de pagamento cada vez mais evoluídas", querendo a empresa reforçar a sua capacidade competitiva a nível internacional e entrar numa nova área de negócio.

A SIBS diz que já esperava esta passagem a investigação aprofundada. "A decisão é normal em processos desta dimensão e não traduz qualquer juízo da Autoridade sobre o mérito da operação e a sua compatibilidade com os critérios aplicáveis", acrescenta a SIBS em comunicado.

A Concorrência acrescenta, no seu comunicado, que no âmbito desta análise se constituíram como terceiros interessados no processo a APED, o Banco BIC, a Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo, a Visa e a Bizfirst.

No final desta passagem a investigação aprofundada, a AdC pode não se opor à concentração, com ou sem compromissos para atenuar problemas concorrenciais, ou proibir essa concentração.

(Notícia actualizada às 19:15 com posição da SIBS)
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