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Concorrência decide que espanhóis do Abanca podem comprar Deutsche Bank em Portugal

A Autoridade da Concorrência já deu luz verde à aquisição da área de retalho do Deutsche Bank pelo Abanca, que tem apenas quatro balcões em Portugal. A transacção deverá ficar concluída até Junho de 2019.

A administração da Concorrência, presidida por Margarida Matos Rosa, decidiu na quinta-feira a luz verde ao negócio que envolve o Abanca e o Deutsche Bank em Portugal. Pedro Catarino
22 de Junho de 2018 às 12:03
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Uma das autorizações para a compra da rede de retalho do Deutsche Bank em Portugal por parte dos espanhóis do Abanca já chegou. A Autoridade da Concorrência decidiu que, do seu ponto de vista, a operação pode avançar.

 

"Em 21 de Junho de 2018, o Conselho de Administração da Autoridade da Concorrência, no uso da competência que lhe é conferida pela alínea d) do n.º 1 do artigo 19.º dos Estatutos, aprovados pelo Decreto-Lei n.º 125/2014, de 18 de agosto, delibera adotar uma decisão de não oposição à presente operação de concentração, nos termos da alínea b) do n.º 1 do artigo 50.º da Lei da Concorrência, uma vez que a mesma não é susceptível de criar entraves significativos à concorrência efectiva nos mercados relevantes identificados", revela o comunicado publicado no site oficial. A notificação prévia tinha sido feita a 16 de Maio. 

 

Também os supervisores da banca terão de mostrar a sua posição, para que a transacção – cujo valor não foi anunciado publicamente nem pelo vendedor nem pelo comprador – seja concluída. 


O Abanca antecipa receber todas as autorizações necessárias em 2018, mas acredita que o processo só esteja concluído no primeiro semestre do próximo ano, tendo em conta a integração do seu negócio com o do Deutsche Bank. A sucursal do Abanca, já após a compra, continuará a ser liderada pelo português Pedro Pimenta.

 

Em causa está a venda do negócio português de retalho e de banca privada. Contam-se 330 colaboradores em 41 centros localizados, a maioria em Lisboa e Porto, que passam para o Abanca. O banco espanhol, com sede na Galiza, já está presente em Portugal através de uma sucursal com quatro agências.

 

A operação permite ao Abanca, presidido por Juan Carlos Escotet cumprir as metas inscritas no seu plano estratégico, que obrigam a um crescimento de 30% do volume de negócios. A aquisição do Deutsche Bank em Portugal reduz para 18% esse objectivo.

 

Além de crescer em Portugal, o Abanca quer também expandir o seu negócio em Espanha, sendo um dos três candidatos convidados pelo Conselho de Ministros a apresentar uma oferta vinculativa pelo Banco Caixa Geral no país. Tem até 10 de Setembro para fazê-lo.

 

O Deutsche Bank sai do retalho, ficando em Portugal com a sucursal que estará focada apenas na banca de investimento e de empresas.

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