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Comprar o Novo Banco? “Não tenho claro que esteja à venda”, diz BPI
O CEO do BPI diz que “a bola não está em jogo”, por isso prefere não fazer comentários. Sobre a decisão do Governo de baixar a remuneração dos certificados, garante que não houve pressão do banco. “Estamos noutra era da banca e acho que Governo não é pressionável”, referiu.
"Não alterámos a nossa posição em relação à compra do Novo Banco. E, de certa maneira, também não tenho claro que o NB esteja à venda". Foi assim que João Pedro Oliveira e Costa reagiu às perguntas sobre o interesse do BPI, detido pelo espanhol Caixa Bank, poder estar interessado na aquisição do banco liderado por Mark Bourke.
O BPI tem vindo a defender que não está a olhar para Novo Banco. "O principal protagonista, o acionista, não tem dito de forma clara se vai iniciar ou não um processo de venda. Falou-se num IPO, mas não há mais nada desde então", disse o CEO do BPI, referindo-se à Lone Star que detém 75% do Novo Banco. "Se a bola não está em campo, não vou entar para ver se a relva está pequena ou grande", apontou.
João Pedro Oliveira e Costa, que falava na conferência de imprensa dos resultados do primeiro semestre, preferiu não fazer mais comentários até porque, na sua opinião, "pode ser desagradável para um concorrente estar sempre a falar sobre se um banco está à venda ou não". O BPI tem vindo a defender que não está a olhar para Novo Banco.
Questionado sobre a decisão de baixar a remuneração dos certificados de aforro, que gerou críticas ao Governo de ter cedido à pressão da banca, o responsável garantiu que nunca falou ou pressionou sobre o tema. Uma posição idêntica à do CEO do BCP, Miguel Maya.
"Não falei e nunca pressionei sobre o tema", disse o CEO do BPI. "Não fizemos nenhuma pressão e acho que o Governo não é pressionável. Estamos noutra era da banca e acho que o Governo não é pressionável", reforçou.