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CGD, BCP e BPI sobem no ranking das marcas mais valiosas do mundo

Há três bancos portugueses cuja marca está entre as mais valiosas da banca mundial, e todos mostram melhorias no respetivo valor. Os britânicos com portugueses em lugares de topo, como o HSBC e o Lloyds, também têm lugar na lista. Contudo, os bancos chineses são os que conseguem melhor avaliação.

4.º Caixa Geral de Depósitos – 554 milhões de dólares
06 de Fevereiro de 2019 às 16:51
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Caixa Geral de Depósitos, Millennium BCP e BPI. Estas são as três instituições portuguesas que integram a lista das 500 marcas mais valiosas da banca a nível mundial no arranque de 2019, publicada pela Brand Finance. E, das dez que chegaram ao topo, está um nome britânico cuja banca privada é liderada pelo português António Simões: o HSBC.

A Caixa Geral de Depósitos aparece como a 215.ª marca mais valiosa a nível mundial, tendo escalado 32 posições desde o ano passado, até chegar à atual avaliação de 758 milhões de dólares. O banco estatal consegue este lugar de destaque numa altura em que o escrutínio público tem apertado, na sequência das conclusões da recentemente revelada auditoria.

O Millennium BCP é o segundo nome nacional a surgir no ranking, em 284.º lugar, que se traduz numa melhoria de 15 posições e de 23% na avaliação, que está nos 505 milhões. A presença portuguesa nesta lista é fechada pelo BPI que, mais perto do final da tabela (452.º) regista também uma subida, de 19%, no valor, atingindo os 229 milhões.

Fora das fronteiras nacionais, existem outras instituições de gestão portuguesa que também pontuam neste ranking. O destaque vai para o décimo lugar do britânico HSBC, um banco sob a alçada de António Simões, o qual assumiu a liderança da banca privada global do grupo em setembro do ano passado. Anteriormente, servia como presidente executivo da instituição para a Europa e para o negócio do Reino Unido. O HSBC desceu uma posição apesar de ter subido no valor para os 20,2 mil milhões de dólares.

Já o britânico Lloyds, onde o português António Horta Osório é CEO, conquistou o 46.º lugar, uma descida relativamente ao 43.º do ano anterior mas notando, ainda assim, uma melhoria na avaliação, que se fixou nos 6,8 mil milhões de dólares.

Estes bancos distinguem-se apesar de, a nível europeu, o cenário ser de "dificuldades significativas" resultantes de "uma reação menos proativa das instituições governamentais" à crise financeira, por oposição àquilo que se verificou nos Estados Unidos, afirma Alex Haigh, diretor da Brand Finance. "Os bancos líderes na Europa estão a perder terreno e valor de marca, particularmente na Alemanha, onde o Deutsche Bank desvalorizou cerca de 30%", observa o mesmo diretor. A Brand Finance aponta ainda que a satisfação dos clientes está em mínimos históricos.

A avaliação da Brand Finance é uma estimativa do benefício económico que os donos da marca obteriam caso pretendessem proceder ao licenciamento desta no mercado.

Banca chinesa domina a lista

As quatro marcas mais valiosas da banca têm todas sede no mesmo canto do mundo: a China. O ICBC tem o valor mais elevado do globo, cifrando-se nos 79,8 milhões de dólares. É seguido pelo China Construction Bank, o Agricultural Bank of China e o Bank of China. Em nono, aparece ainda o China Merchants Bank, entregando à banca chinesa não só os lugares mais relevantes mas também uma presença maioritária nos dez primeiros lugares.

A posição dominante – que é marcada também por valorizações significativas, entre os 20% e quase 50% - ajuda a que, em conjunto, as marcas chinesas estejam avaliadas em 407 mil milhões de dólares, superando o valor dos bancos americanos em 100 mil milhões.

Apesar dos receios de abrandamento económico e do aumento do protecionismo no comércio internacional, "o mercado chinês permanece tão vasto que consegue sustentar o crescimento destas marcas por muitos mais anos, mas, à medida que estas olham para os mercados estrangeiros, a sua expansão deverá acelerar ainda mais rapidamente, e os bancos ocidentais devem ter atenção", defende David Haigh, CEO da Brand Finance.

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