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Carlos Costa: "Estivemos no fio da navalha e saímos bem desta situação"
O Governador do Banco de Portugal garante que a decisão nacional foi muito bem recebida fora de Portugal. "Estivemos no fio da navalha e saímos bem desta situação", garante.
Às criticas ou receios que tem ouvido em Portugal sobre a decisão que tomou no fim de semana relativamente ao BES, Carlos Costa responde com a solidez da solução que protege os contribuintes, e com as reacções dos mercados e dos seus pares no Conselho de Governadores do BCE, com os quais reuniu quarta e quinta-feira.
[O BES] tinha e tem grande importância do ponto de vista do sistema financeiro português e estivemos na eminência de incidente sistémico, que abrangeria todos os bancos do sistema. Tenho consciência que estivemos em cima do fio da navalha e que saímos bem desta situação", afirmou o Governador no Parlamento, reforçando que "do lado de Frankfurt recebi os parabéns", e que todos os seus colegas estavam preocupados com os impactos nas respectivas economias do problema em Portugal.
Quinta-feira Mario Draghi, na conferência de imprensa mensal, elogiou as autoridades nacionais e a Comissão Europeia pela rapidez e eficácia da actuação, considerando que foi evitado um incidente sistémico.
O Governador está a explicar aos deputados os contornos da intervenção no BES, pela qual assume total responsabilidade: "Se quiserem censurar, é o Banco de Portugal, se quiserem elogiar também é o Banco de Portugal (...) para o bem e para o mal, a responsabilidade é do Banco de Portugal".