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Carlos Tavares chama ex-chefe de gabinete para Montepio
Leandro Silva, que trabalhou com Carlos Tavares no Ministério da Economia, passou a integrar a administração executiva do Montepio, após a autorização do Banco de Portugal.
Carlos Tavares chamou o seu ex-chefe de gabinete no Ministério da Economia para a gestão do Montepio, revelou a instituição financeira em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
"A Caixa Económica Montepio Geral, caixa económica bancária, S.A. (CEMG) informa que o Dr. Leandro Rodrigues da Graça Silva iniciou, no passado dia 9 de Novembro de 2018, funções de administrador executivo do conselho de administração da CEMG, em conformidade com a autorização concedida pelo Banco de Portugal", indica o documento.
Leandro Silva foi chefe de gabinete de Carlos Tavares no Ministério da Economia durante o Executivo presidido por Durão Barroso, em 2003 e 2004.
Leandro Silva era administrador executivo do Banco Nacional Ultramarino, a entidade macaense que pertence à Caixa Geral de Depósitos. Saiu da instituição macaense após Pedro Cardoso ter abandonado a presidência executiva. Segundo a TDM Macau, ambos saíram insatisfeitos com a casa-mãe, o banco público.
Leandro Silva vai integrar uma equipa com cinco outros administradores executivos, a que se junta Carlos Tavares. Em breve, tem de haver mais uma alteração nos órgãos sociais do Montepio, tendo em conta que o antigo presidente da CMVM acumula as funções de presidente executivo e presidente não executivo, acumulação que tem de deixar de existir em Janeiro.
O antigo chefe de gabinete de Tavares entra para o mandato iniciado em 2018 e que termina em 2021.
A Caixa Económica Montepio Geral – cuja marca comercial está a mudar para Banco Montepio – é detida em exclusivo pela Montepio Geral – Associação Mutualista, ainda que o seu capital esteja a ser aberto a entidades da economia social, como a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, operação que ainda não se concretizou.
(Notícia corrigida às 18:33: Carlos Tavares pertencia ao Governo de Durão Barroso e não de Santana Lopes, como inicialmente referido)