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BPI alcança lucros de 76,2 milhões de euros e supera estimativas

O resultado líquido do banco liderado por Fernando Ulrich foi de 76,2 milhões de euros no primeiro semestre, superior à expectativa dos analistas.

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O resultado líquido de 76,2 milhões de euros nos primeiros seis meses do ano compara com um lucro esperado de 65 milhões de euros por parte dos analistas compilados pela agência Reuters. Nos primeiros seis meses do ano passado, o banco tinha registado prejuízos de 106,6 milhões de euros.

 

O lucro foi conseguido tanto na actividade internacional como na área doméstica, onde o banco conseguiu registar um resultado líquido positivo de 6,6 milhões de euros, segundo o comunicado emitido através da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários.

 

A margem financeira do banco presidido por Fernando Ulrich aumentou 40% para se situar nos 331,2 milhões de euros nos primeiros seis meses do ano. Este indicador, que representa a diferença entre os juros pagos em depósitos e os juros recebidos em depósitos, já não foi este ano penalizado pelo custo das obrigações estatais (CoCos), já que toda a ajuda pública foi reembolsada. As comissões também avançaram.

 

Mas não foi apenas os resultados recorrentes que ajudaram as contas. As operações financeiras ajudaram o BPI, tendo havido um ganho de 95,4 milhões de euros. No mesmo período do ano passado, o resultado havia sido negativo, penalizado por perdas na venda de dívida pública portuguesa e italiana. Algo que este ano não pesou no desempenho deste ano.

 

Ao todo, o produto bancário (idêntico ao volume de negócios) somou 78,7% para os 587,2 milhões de euros. Por outro lado, os custos da estrutura também ganharam 5,1%  para 333,6 milhões de euros.

 

As imparidades constituídas pelo BPI – dinheiro colocado para perdas em empréstimos que não venham a ser reembolsados – diminuíram 13,2% para 86,9 milhões de euros, de acordo com o mesmo documento, o que também ajudou à subida do banco a resultados positivos.

 

No final do primeiro semestre, o BPI alcançou um rácio Common Equity Tier 1 de 10,5%, que compara com os 11,8% de Dezembro passado, segundo as normas transitórias. De acordo com as regras mais exigentes, houve uma melhoria deste rácio, de 8,4% para 9,1%. As comparações não são exactas já que o banco aderiu a um regime especial para a contabilização dos impostos diferidos activos (que permitiu o fortalecimento da sua solidez) e também teve de calcular a exposição a Angola, onde controla o Banco de Fomento de Angola, de uma forma mais exigente.

 

A nível de depósitos, em termos consolidados (da actividade doméstica e internacional), houve um aumento de 6% para 25,8 mil milhões de euros, enquanto os créditos deslizaram 3,5% para 24,3 milhões de euros.

 

O crédito vencido há mais de 90 dias deslizou 0,8%, embora tenha passado a representar 3,8% do crédito total, quando no período homólogo totalizava 3,7%. Num período em que as imparidades desceram, a cobertura do crédito vencido por imparidades também caiu de 110% para 107%.

 

O BPI fechou o semestre com 8.511 colaboradores, menos 1,3% que no período homólogo, resultado de cortes em Portugal e adições de trabalhadores na actividade internacional. Foram cortados 36 balcões do BPI em território nacional, para um total de 811 agências a 30 de Junho de 2015.

(Notícia actualizada às 17h32 com mais informação)

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