Notícia
BPI encaixa 222 milhões com vendas de seguros e fundos ao CaixaBank
O banco liderado por Pablo Forero anunciou a venda de quatro activos à casa-mãe, o CaixaBank, por um total de 222 milhões de euros. A transacção gerará mais-valias de 73 milhões de euros antes de impostos.
O BPI anunciou a venda dos negócios de seguros vida e gestão de pensões, gestão de fundos de investimento, gestão de activos, e corretagem e research ao Caixabank, transacções que deverão representar um encaixe total de 222 milhões de euros.
A venda foi formalizada esta quinta-feira, 23 de Novembro, e comunicada à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). "Estas transacções não implicarão mudanças na relação com os clientes, uma vez que o BPI continuará a assegurar a operação comercial dessas actividades através dos correspondentes contratos de agência, comercialização ou prestação de serviços," garante o banco num comunicado à imprensa.
Em concreto, passam das mãos do banco liderado em Portugal por Pablo Forero para a entidade espanhola a BPI Vida e Pensões, Companhia de Seguros, S.A. A empresa, hoje responsável pelas actividades de seguros de vida e gestão de fundos de pensões, é a que proporciona o maior encaixe, sendo vendida por 135 milhões de euros ao Grupo CaixaBank VidaCaixa S.A.U. de Seguros y Reaseguros.
Por outro lado, ao CaixaBank Asset Management SGIIC, S.A.U. são vendidas duas sociedades: o BPI Gestão de Activos, Sociedade Gestora de Fundos de Investimento, S.A. - por 75 milhões de euros - e o BPI Global Investment Fund Management Company S.A. - por 8 milhões.
Sobre estes negócios, o banco garante que não haverá deslocalização de actividades nem "transferência de colaboradores do Banco BPI ou das sociedades do seu grupo", continuando as sociedades a desenvolver actividade em Portugal e no Luxemburgo. Também os contratos de distribuição de seguros entre o BPI e a Allianz Portugal não são beliscados.
Já a venda das actividades de corretagem de acções, research e corporate finance ao CaixaBank foi feita por 4 milhões de euros. Fruto da abordagem ibérica a este mercado, o CaixaBank quer criar uma sucursal em Portugal para onde transferirá os colaboradores do BPI que estão hoje com estas actividades.
Esta transacção já tinha tido um prelúdio em Maio passado, quando o banco catalão anunciou um acordo de parceria (joint-venture) entre as unidades de investimento do BPI e do accionista maioritário para oferecer serviços de corretagem de acções em conjunto.
Mais valias de 73 milhões, melhoria dos rácios de capital
O conjunto das vendas hoje anunciadas deverá gerar mais valias de 73 milhões de euros antes de impostos, estima o banco. Além disso, o encaixe elevaria o rácio de capital total de 13,3% para 14,6% e melhoraria o rácio CET1 em 130 pontos base, de 11,5% para 12,8%, se reportado 30 de Setembro passado.
Já o CaixaBank refere, num comunicado enviado ao polícia dos mercados espanhol, que "por serem operações intragrupo, não terão impacto no balanço e resultados consolidados do CaixaBank nem nos seus rácios de capital".
O BPI estima que as sinergias alcançadas depois da compra pelo CaixaBank venham a atingir os 120 milhões de euros até 2019, tendo sido executadas ou estando já em execução medidas no valor de 103 milhões de euros, a que correspondem custos de reestruturação que devem ficar abaixo de 250 milhões.
As operações foram analisadas por uma comissão presidida pelo antigo CEO do banco, Fernando Ulrich, e formada pelos administradores não-executivos António Lobo Xavier, Carla Bambulo, Cristina Rios Amorim e Tomás Jervell, tendo tido o parecer favorável do conselho fiscal do BPI.
A KPMG actuou como consultor financeiro e o aconselhamento jurídico foi entregue à Campos Ferreira, Sá Carneiro & Associados.
(Notícia actualizada às 19:13 com mais informação)
A venda foi formalizada esta quinta-feira, 23 de Novembro, e comunicada à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). "Estas transacções não implicarão mudanças na relação com os clientes, uma vez que o BPI continuará a assegurar a operação comercial dessas actividades através dos correspondentes contratos de agência, comercialização ou prestação de serviços," garante o banco num comunicado à imprensa.
Por outro lado, ao CaixaBank Asset Management SGIIC, S.A.U. são vendidas duas sociedades: o BPI Gestão de Activos, Sociedade Gestora de Fundos de Investimento, S.A. - por 75 milhões de euros - e o BPI Global Investment Fund Management Company S.A. - por 8 milhões.
Sobre estes negócios, o banco garante que não haverá deslocalização de actividades nem "transferência de colaboradores do Banco BPI ou das sociedades do seu grupo", continuando as sociedades a desenvolver actividade em Portugal e no Luxemburgo. Também os contratos de distribuição de seguros entre o BPI e a Allianz Portugal não são beliscados.
Já a venda das actividades de corretagem de acções, research e corporate finance ao CaixaBank foi feita por 4 milhões de euros. Fruto da abordagem ibérica a este mercado, o CaixaBank quer criar uma sucursal em Portugal para onde transferirá os colaboradores do BPI que estão hoje com estas actividades.
Esta transacção já tinha tido um prelúdio em Maio passado, quando o banco catalão anunciou um acordo de parceria (joint-venture) entre as unidades de investimento do BPI e do accionista maioritário para oferecer serviços de corretagem de acções em conjunto.
Mais valias de 73 milhões, melhoria dos rácios de capital
O conjunto das vendas hoje anunciadas deverá gerar mais valias de 73 milhões de euros antes de impostos, estima o banco. Além disso, o encaixe elevaria o rácio de capital total de 13,3% para 14,6% e melhoraria o rácio CET1 em 130 pontos base, de 11,5% para 12,8%, se reportado 30 de Setembro passado.
Já o CaixaBank refere, num comunicado enviado ao polícia dos mercados espanhol, que "por serem operações intragrupo, não terão impacto no balanço e resultados consolidados do CaixaBank nem nos seus rácios de capital".
O BPI estima que as sinergias alcançadas depois da compra pelo CaixaBank venham a atingir os 120 milhões de euros até 2019, tendo sido executadas ou estando já em execução medidas no valor de 103 milhões de euros, a que correspondem custos de reestruturação que devem ficar abaixo de 250 milhões.
As operações foram analisadas por uma comissão presidida pelo antigo CEO do banco, Fernando Ulrich, e formada pelos administradores não-executivos António Lobo Xavier, Carla Bambulo, Cristina Rios Amorim e Tomás Jervell, tendo tido o parecer favorável do conselho fiscal do BPI.
A KPMG actuou como consultor financeiro e o aconselhamento jurídico foi entregue à Campos Ferreira, Sá Carneiro & Associados.
(Notícia actualizada às 19:13 com mais informação)