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Berlim vê com bons olhos fusão Commerzbank-BNP Paribas

Somam-se os candidatos a uma junção de negócios com o segundo maior banco alemão: depois do Unicredit, o cenário de fusão com o BNP Paribas também toma forma. Schäuble será favorável a um gigante franco-alemão, diz imprensa alemã.

Reuters
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O banco alemão Commerzbank continua no centro de potenciais fusões e aquisições na Europa. Depois de o UniCredit ter manifestado ontem o interesse de se unir à segunda maior instituição bancária germânica, esta quinta-feira, 21 de Setembro, é a vez de também o cenário francês ser colocado em cima da mesa.

Segundo o semanário alemão WirtschaftsWoche, que cita fontes do sector financeiro, o governo alemão é favorável a uma fusão entre o Commerzbank e o BNP Paribas. Segundo aquele meio, as discussões ainda estão numa fase inicial entre o Estado – que detém 15% do banco alemão, onde entrou durante a crise económica e financeira na Zona Euro – e os potenciais novos accionistas.

De qualquer das formas, não será esperado que antes de Novembro haja contactos firmes, tanto mais que este fim-de-semana se realizam eleições gerais na Alemanha. Quando entrou no capital do banco, o Estado alemão injectou 5,1 mil milhões de euros. A participação está actualmente avaliada em 2 mil milhões. 

O jornal alemão refere que esta possibilidade criaria "uma forte instituição financeira franco-alemã," o que sinalizaria igualmente um aprofundamento da união bancária na Europa. Nem BNP Paribas nem Commerzbank quiseram comentar a notícia e o periódico não conseguiu obter uma reacção do ministério alemão das Finanças.

Esta quarta-feira a Reuters noticiara, citando duas fontes, que o UniCredit sinalizou em Berlim o interesse em juntar-se ao Commerzbank. "Os representantes do governo são contactados por investidores financeiros sobre uma série de assuntos. (…) Sempre dissemos que o Governo não queria manter indefinidamente a sua parte [do Commerzbank] e que desejávamos obter um bom resultado para os contribuintes," disse ontem fonte do ministério liderado por Wolfgang Schäuble.

Já o Financial Times, num artigo publicado ao início da tarde, colocava um terceiro e um quarto possíveis cenários: a compra por um banco norte-americano ou uma oferta por parte do espanhol Santander, um banco "grande, bem capitalizado, eficiente e com um bom histórico de aquisições e inovações" que ponderou entrar no mercado alemão em 2018. 

Esta manhã as acções do Commerzbank em Frankfurt disparavam 4,36% para 11,26 euros perante o interesse na compra da participação do Estado alemão. As acções do Unicredit somavam 2,29% para 17,89 euros em Milão, ao passo que em Paris o BNP Paribas avançava 1,53% para 67,06 euros.

(Notícia actualizada às 15:56 com referência a texto do Financial Times)

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