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BdP: "Vamos ter bancos muito mais fracos" depois da pandemia
Máximo dos Santos, vice-governador do Banco de Portugal, afirma que "não há economias fortes com sistemas financeiros fracos, nem sistemas financeiros fortes com economias fracas".
01 de Maio de 2020 às 10:00
Máximo dos Santos, vice-governador do Banco de Portugal (BdP), afirma que não haverá bancos fortes com economias fracas, naquele que é agora um cenário marcado pelo forte impacto da pandemia. E deixa uma garantia: o setor financeiro não vai escapar às consequências desta crise.
"Como é óbvio, o sector bancário sofrerá com a queda do crescimento económico e a queda do rendimento das famílias, que vai inevitavelmente existir", afirmou o responsável na edição semanal do Expresso, notando que "o que é preciso é que o setor seja competente e expedito no quadro da legislação definida para garantir os fluxos de liquidez necessários".
Mas "não se pense que o setor bancário fica enriquecido e a economia depauperada", referiu ainda Máximo dos Santos, alertando que "não há economias fortes com sistemas financeiros fracos, nem sistemas financeiros fortes com economias fracas". De acordo com o vice-governador do BdP, "vamos ter bancos muito mais fracos. Resta saber até quanto mais, e isso depende do fator incerteza e da duração da crise, que não sabemos qual vai ser".
"Como é óbvio, o sector bancário sofrerá com a queda do crescimento económico e a queda do rendimento das famílias, que vai inevitavelmente existir", afirmou o responsável na edição semanal do Expresso, notando que "o que é preciso é que o setor seja competente e expedito no quadro da legislação definida para garantir os fluxos de liquidez necessários".