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BdP recusa infracções do Novo Banco criticadas por Bruxelas

Os progressos feitos pelo Novo Banco no reporte e controlo de crédito podem ter demorado algum tempo, mas foram testemunhados pelo Banco de Portugal, garantiu Carlos Costa.

Miguel Baltazar/Negócios
18 de Abril de 2018 às 19:33
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O Banco de Portugal defende que o Novo Banco fez progressos, nomeadamente na gestão do crédito, que foram criticados pela Comissão Europeia, na decisão relativamente à venda de 75% do seu capital à Lone Star. Aí, a Direcção-Geral da Concorrência diz ter detectado deficiências, que são contestadas pela gestão do banco.

 

"O Banco de Portugal testemunhou os progressos implementados no Novo Banco pelos respectivos administradores, aos quais, nos termos da lei, foi confiada a gestão da instituição", segundo as notas de apoio à audição parlamentar de Carlos Costa, ouvido na comissão de Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa.

 

Aos deputados, o governador frisou que o "Novo Banco empreendeu uma reforma do seu modelo de controlo", mas admitiu que é necessário tempo para que todas as novidades produzam efeitos.

 

A Comissão Europeia concluiu, na decisão sobre as ajudas de Estado à venda do controlo do Novo Banco, que havia problemas nos sistemas informáticos e no reporte de gestão no Novo Banco. Bruxelas deixou mesmo críticas ao período em que o Banco de Portugal já estava no controlo, através do Fundo de Resolução.

 

"Não há infracção dos procedimentos", respondeu, acrescentando que a Comissão Europeia se debruçou apenas sobre 20 créditos e que a grande maioria é do tempo do Banco Espírito Santo.  

 

António Ramalho, que lidera o banco, rejeita essas deficiências, referindo a reduzida amostra de créditos da Comissão Europeia, e dizendo que nunca houve contraditório. De qualquer forma, pediu uma auditoria interna, que já enviou ao regulador.

 

"A auditoria, de que o Novo Banco deu conhecimento ao Banco ao Banco de Portugal, concluiu que, nas operações especificamente analisadas pela Comissão Europeia e que dizem respeito ao período posterior à medida de resolução, foram cumpridas as normas e políticas de risco em vigor, encontrando-se estas correctamente aprovadas, formalizadas e contratualizadas", adiantam as notas de Carlos Costa.

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