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BCP espera cortar malparado e outros activos em 55% até 2021

Aumento de 100 milhões de euros no produto bancário; subida de 200 milhões de euros nos lucros obtidos da área internacional. São estes os objectivos para os próximos anos apresentados por Miguel Maya.

Vítor Mota
26 de Julho de 2018 às 18:26
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O plano estratégico para os próximos anos prevê que o BCP chegue até 2021 com uma carteira de exposições não rentáveis na ordem dos 3 mil milhões de euros.

 

No final do primeiro semestre de 2018, o banco privado presidido por Miguel Maya apresenta um portefólio destas exposições (que incluem o crédito malparado) de 6,7 mil milhões de euros.

 

As ambições do grupo que tem a Fosun como principal accionista apontam para que esta carteira fique em torno de 3 mil milhões de euros, o que representa uma descida de 55% em relação aos números do semestre. "Uma fortíssima ambição", assumiu o novo CEO.

 

O banco tem vindo a diminuir esta carteira, pelo que esta é uma diminuição adicional. E Miguel Maya deixa o aviso: "O que fica para o fim é sempre mais complexo", disse, na primeira conferência em que apresentou contas, com lucros de 150,6 milhões.

 

Uma das formas enunciadas pelo banco para cumprir esta meta é a "simplificação dos processos de crédito e risco, alinhando-os com as novas aspirações de crescimento em crédito" e o reforço dos "mecanismos para monitorizar aprovações de novos créditos e assegurar aceitação de bons perfis de risco".

 

O custo do risco – que mede as imparidades face à carteira total de crédito – situou-se em 88 pontos base no final do semestre, sendo que a equipa de Miguel Maya antecipa cortá-lo para 50 pontos base.

 

Isto ao mesmo tempo que aumenta a produção de crédito, mais 1,1 mil milhões para pequenos negócios e 1,2 mil milhões para pequenas e médias empresas.

 

Com esta evolução, o banco espera aumentar em 100 milhões de euros o produto bancário.

 

Em termos de clientes, também o objectivo é um crescimento, passando dos 4,8 milhões actuais para mais de 6 milhões no final do triénio, quando acaba o mandato dos órgãos sociais que receberam aprovação do Banco Central Europeu esta semana. Destes, espera que mais de 60% sejam clientes digitais, quando actualmente a proporção é de 45%.

 

Dos negócios internacionais, o BCP quer retirar mais 200 milhões de euros de lucros por ano, nomeadamente expandindo-se e reforçando nas regiões onde está (Polónia, Suíça, Angola, Moçambique e China). Em relação ao continente asiático, de onde vem o principal accionista, Fosun, o BCP quer dar o apoio ao "sector empresarial das diversas geografias no relacionamento comercial com a China".

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