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BCP aumenta salários em 3% e sobe ordenado mínimo para 1.100 euros

Banco liderado por Miguel Maya sobe a proposta anterior, aumenta o subsídio de almoço em 9,5% e garante que a decisão não condiciona a negociação com os sindicatos, que continua.

Mariline Alves
22 de Março de 2023 às 16:08
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O BCP decidiu subir os salários em 3% e aumentar o subsídio de almoço em 9,5%, mas mantém-se aberto a prosseguir as negociações com os sindicatos para a atualização da tabela salarial.

Numa comunicação interna enviada aos trabalhadores, à qual o Negócios teve acesso, a Comissão Executiva liderada por Miguel Maya escreve que decidiu, "tendo presente o atual contexto económico, atualizar as tabelas salariais do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) em 3% e aumentar o subsídio de almoço em 9,5%, com efeitos retroativos a janeiro de 2023". A atualização, garante a comissão executiva, será feita "sem prejuízo do decurso do processo negocial com os Sindicatos subscritores dos ACT". O banco garante que continua empenhado em "fechar esse acordo com a brevidade possível".

Miguel Maya assegura ainda que "a atualização das tabelas será efetuada para todos os trabalhadores e para os reformados".

A administração do BCP acrescenta que "foi também decidido o aumento da remuneração mínima mensal, com efeitos a março, a qual se fixará em 1.100 euros, o que representa um acréscimo de 10% face ao valor atual".

Além disso, e "também com efeitos no corrente mês de março será aumentado o valor da Bolsa de Estágio, para os estagiários profissionais, que passará para 850 euros (acrescida de subsídio de almoço)".

A evolução do banco, sustenta a equipa de gestão, "tem sido francamente positiva na generalidade dos indicadores, com exceção para a rendibilidade, a qual se encontra ainda num patamar reduzido e inferior ao custo de capital do Banco".

Reflexo disso é o facto de na última década "apenas por duas vezes foram pagos dividendos, tendo em ambas as vezes o payout sido de 10%, o que é manifestamente insuficiente". "O esforço de recuperação do Banco tem sido muito suportado pelos acionistas", lê-se na mensagem.

A comissão executiva prevê também que "2023 será o ano de transição e que, alcançados que sejam os objetivos estabelecidos no plano estratégico, como se prevê que aconteça, o BCP iniciará uma nova fase com capacidades reforçadas para gerar e partilhar mais valor com os stakeholders".
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