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Barclays lidera reclamações dos clientes bancários em 2012

Contas de depósitos à ordem, contratos de crédito aos consumidores, cartões e processamento de cheques: o Barclays foi o alvo do maior número de reclamações nestes quatro campos entre as instituições de crédito a actuar em Portugal. Só é o terceiro mais reclamado no crédito aos consumidores, em que o Deutsche Bank ocupa a dianteira.

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O Barclays lidera as reclamações feitas por clientes bancários no ano passado. O banco inglês destaca-se em quase todas as matérias, como os depósitos a prazo ou os créditos aos consumidores. Apenas no crédito aos consumidores é superado pelo Deutsche Bank. Os grandes bancos portugueses têm uma presença discreta nas reclamações feitas ao Banco de Portugal.

 

As reclamações relativas a contas de depósitos foram as mais relevantes em 2012, representando 30,9% do total. Neste campo, o Barclays destaca-se com 183 reclamações por cada 100 mil contas de depósitos à ordem. No ano passado, a instituição britânica estava em segundo lugar, com 79 reclamações, estando abaixo da sucursal em Portugal do Deutsche Bank que cai, em 2012, para segundo lugar, de acordo com o relatório de supervisão comportamental divulgado esta quinta-feira, 9 de Maio, pelo Banco de Portugal.

 

A média do sistema nacional foi, no ano passado, de 20 reclamações por cada 100 mil contas, o que reflecte uma subida de duas queixas face ao ano anterior. O BCP, o BES e o BPI apresentaram valores ligeiramente superiores à média (25, 24 e 22 reclamações por 100 mil) enquanto a CGD registou apenas 13 queixas por 100 mil contas.

 

Barclays passa de quinto para primeiro mais reclamado na habitação

 

Olhando para os créditos à habitação, há 24,9 reclamações por cada dez mil contratos que são dirigidas ao Barclays, liderado desde o Verão do ano passado por Antony Jerkins (na foto). Em 2011, o banco era apenas o quinto mais reclamado, com o BBVA a liderar. O espanhol desceu, no ano passado, para segundo lugar nesta lista.

 

Por cada milhão de cartões, há 235 reclamações referentes ao Barclays, mais uma vez o líder, seguido do BBVA, com uma quota de 211. A média do sistema equivale a 65 reclamações face ao mesmo milhão.


A instituição inglesa ainda está à frente no que diz respeito às queixas referentes aos cheques processos no SICOI (sistema de compensação interbancária). A média do sistema equivale a 19 reclamações por cada milhão de cheques processados, sendo que ao Barclays corresponde uma proporção de 34, mais uma vez, a mais elevada das instituições analisadas.

 

A casa-mãe do Barclays, em Londres, afastou a liderança da sucursal portuguesa em Abril, no âmbito de uma “avaliação interna das práticas” da entidade em Portugal. Isto depois de ter sido uma queixa do banco britânico a desencadear uma investigação a alegadas concertações entre os bancos, levada a cabo pela Autoridade da Concorrência.

 

Deutsche Bank é o mais reclamado no crédito aos consumidores

 

O crédito aos consumidores é a segunda matéria alvo de mais protestos por parte dos clientes bancários (24,5%), tendo sido a que mais cresceu face ao ano anterior, em termos percentuais (mais 2,6 pontos percentuais).

 

A sucursal nacional do alemão Deutsche Bank reúne o maior número de reclamações neste campo. Em cada 100 mil contratos de crédito aos consumidores, há 166 reclamações sobre esta instituição. A margem face ao segundo mais reclamado é ligeira. A Crediagora, instituição financeira de crédito, conta com 165 reclamações por 100 mil contratos.

 

Os quatro maiores bancos nacionais apresentam valores abaixo da média do sistema, que se fixa em 34 reclamações por cada 100 mil contratos de créditos aos consumidores. A média do ano passado tinha sido de 28.


Estes números englobam todas as reclamações, tanto as que foram favoráveis ao reclamante como aquelas em que não lhe foi dada razão.

 

Houve, no ano passado, 15.503 reclamações, um crescimento anual de 6,2%, com avanços mais expressivos nas contas de depósitos (14%), de créditos aos consumidores (18,6%) e nos débitos directos (37%). O crédito à habitação impediu um maior avanço das reclamações graças a um recuo homólogo de 12%.

 

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