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Banqueiro que comprou clientes do suíço Privée é novo dono do ex-BES Miami

Depois de um grupo venezuelano, que não concretizou a aquisição, o antigo BES Miami, agora Brickell Bank, atraiu um interessado suíço. O banco de Joseph Benhamou e a família já tinham ficado com parte da clientela do Banque Privée.

Bruno Simão/Negócios
05 de Fevereiro de 2018 às 12:09
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O antigo BES Miami tem um novo comprador. O agora denominado Brickel Bank tem no banqueiro Joseph Benhamou, e na sua família, os novos proprietários. Este é o segundo procedimento para a alienação deste activo, que pertence actualmente ao BES mau. É, também, o segundo processo através do qual o grupo suíço fica com activos do antigo Grupo Espírito Santo. 

 

O anúncio, datado de 29 de Janeiro, foi noticiado este fim-de-semana pelo Jornal Económico, estando a informação publicada no site oficial da instituição financeira sediada em Miami, Florida, Estados Unidos.

 

O comprador é Joseph Benhamou, que tem no curriculum a presidência executiva do CBH Compagnie Bancaire Helvétique, banco de que a sua família é accionista. "A família Benhamou tem uma longa história na banca internacional com particular especialização na banca privada e na gestão de património", assinala o comunicado, citando o presidente do banco do antigo Grupo Espírito Santo, Frederick Reinhardt.

 

Grupo helvético ganhou clientes com queda do GES

 

Para o grupo suíço, a transacção é a oportunidade para expandir-se para países da América Latina, com que o banco do antigo Grupo Espírito Santo foi ganhando proximidade ao longo da sua actividade.

 

Esta é a segunda aquisição da família Benhamou ligada ao GES. O banco helvético CBH foi constituído em 1975 sendo que, em 2014, a instituição financeira adquiriu a maioria da carteira de clientes de banca privada do Banque Privée Espírito Santo, o banco suíço que pertencia ao grupo de que Ricardo Salgado (na foto) era a principal face. Além disso, também ficou com trabalhadores.

 

BES queria vender por 10 milhões

 

Não há, no comunicado, indicações do preço a que o negócio foi concretizado.

 

Como o Negócios noticiara em Outubro, a expectativa da auditora do vendedor, a Pkf, era, em Maio passado, a de que a venda poderia render cerca de 10 milhões de dólares.

 

A operação ainda aguarda as "habituais aprovações regulatórias". Foi precisamente nesta fase que falhou o primeiro procedimento para a venda do BES Miami. No final de 2016, o grupo comprador, liderado pela família venezuelana Benacerraf, optou por não dar seguimento ao acordo de aquisição de até 15 milhões de euros assinado em Abril de 2015.

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