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Bancos enfrentam multas da União Europeia caso não combatam manipulações financeiras
Os bancos arriscam-se a ter pesadas multas, até 10% das suas receitas anuais, caso falhem na tarefa de combate à manipulação financeira, de acordo com as regras estabelecidas pela União Europeia.
Michel Barnier, comissário dos serviços financeiros da União Europeia (UE), tem procurado dar mais poder aos reguladores para que estes possam forçar os bancos a participar nos painéis de discussão dos problemas do sistema bancário, como a manipulação da taxa Libor.
Os mercados de referência, desde o do petróleo até ao das divisas, estão a ser investigados pelos reguladores, numa altura em que a Europa tenta restaurar a confiança nas taxas, ainda que haja a percepção de que se trata de uma "doença" do sistema financeiro.
As autoridades multaram o UBS, o Barclays e o Royal Bank of Scotland em 2,5 mil milhões de dólares, cerca de 1,87 mil milhões de euros, pela distorção da taxa Libor e de outras taxas interbancárias. Outros bancos continuam sob investigação.
“Os modelos de referência são essenciais para muitos dos instrumentos financeiros”, afirmou Barnier. “As dúvidas em torno da sua precisão e integridade podem minar a confiança do mercado, causando perdas significativas para os consumidores e investidores, distorcendo a economia real. Precisamos de tomar a iniciativa para garantir que isto não volta a acontecer”.
Os bancos e outras instituições que usem estas taxas, poderão ser multados caso não cumpram regras criadas para mitigar os conflitos de interesse e para reduzir o potencial de manipulação das taxas, de acordo com um rascunha da União Europeia, obtido pela Bloomberg.
As entidades serão também obrigadas a assinar códigos de conduta legais, onde estarão expostas as suas obrigações.