Notícia
Bancos "mantêm trajetória" de aumento da rentabilidade
Os bancos a operar em Portugal mantiveram a tendência de aumento da rentabilidade dos últimos dois anos, revelou o Banco de Portugal.
No primeiro semestre do ano a rendibilidade dos bancos manteve a trajetória de crescimento registada nos últimos anos, com a rendibilidade do ativo (ROA) e do capital próprio a aumentarem 0,44 e 4,8 pontos percentuais (pp), ascendendo a 1,16% e 13,7%.
Estes dados foram divulgados esta quinta-feira pelo Banco de Portugal (BdP), numa análise ao sistema bancário.
"A evolução da rendibilidade refletiu o aumento da margem financeira [diferença entre os juros pagos nos depósitos e os cobrados nos empréstimos] (contributo de 1,01 pp para o ROA), que foi parcialmente compensado pelo aumento das provisões e imparidades (contributo de -0,34 pp)", explica o BdP.
O risco do crédito aumentou ligeiramente (0,3 pp) face aos primeiros seis meses de 2022 para 0,46%, "refletindo o aumento de provisões e imparidades", pode ler-se.
Já o rácio "cost-to-income", que mede a relação dos custos sobre os proveitos de uma instituição bancária, diminuiu 12,8 pontos percentuais no primeiro semestre, face ao período homólogo, situando-se em 38,8%, "essencialmente devido ao aumento expressivo do produto bancário (contributo de -16,9 pp)", justifica o supervisor.
Em sentido contrário, "os custos operacionais registaram um aumento de 9,5% em termos homólogos decorrente dos custos com o pessoal e de outros gastos gerais administrativos".
Quanto à qualidade dos ativos, o rácio de empréstimos não produtivos bruto (NPL) manteve-se inalterado no segundo trimestre de 2023 nos 3,1%, resultado da diminuição dos NPL (-0,5%) e dos empréstimos produtivos (-0,2%). O rácio de NPL líquido de imparidades situou-se em 1,3% (-0,1 pp).
O rácio de transformação, que mede o equilíbrio entre o crédito concedido e os depósitos captados, diminuiu 0,3 pontos percentuais no primeiro trimestre, para 79,6%. Este rácio continua, no entanto, abaixo dos 100% recomendados pelo Banco de Portugal. "Esta evolução resultou do aumento dos depósitos de clientes (0,4%) e, em menor grau, do aumento dos empréstimos a clientes (0,1%)", indica o BdP.
O peso do financiamento obtido junto dos bancos centrais diminuiu 1,6 pontos percentuais para 1,4% do ativo. Ainda assim, o rácio de cobertura de liquidez manteve-se em 218%, dado que "a diminuição das saídas de liquidez (contributo de 0,2 pp) compensou a redução dos ativos de elevada liquidez, em particular das disponibilidades e aplicações junto de bancos centrais (contributo de -0,1 pp)", explica o supervisor da banca.
Entre abril e junho, os rácios de fundos próprios totais e de fundos próprios principais de nível 1 (CET 1) situaram-se em 19% e 16,4%, respetivamente (refletindo aumentos de 0,6 pp e 0,8 pp, face a março 2023). "Esta evolução refletiu o aumento de CET 1, num quadro de relativa estabilização do montante total das exposições em risco", afirmou ainda a autoridade liderada por Mário Centeno.
Estes dados foram divulgados esta quinta-feira pelo Banco de Portugal (BdP), numa análise ao sistema bancário.
O risco do crédito aumentou ligeiramente (0,3 pp) face aos primeiros seis meses de 2022 para 0,46%, "refletindo o aumento de provisões e imparidades", pode ler-se.
Já o rácio "cost-to-income", que mede a relação dos custos sobre os proveitos de uma instituição bancária, diminuiu 12,8 pontos percentuais no primeiro semestre, face ao período homólogo, situando-se em 38,8%, "essencialmente devido ao aumento expressivo do produto bancário (contributo de -16,9 pp)", justifica o supervisor.
Em sentido contrário, "os custos operacionais registaram um aumento de 9,5% em termos homólogos decorrente dos custos com o pessoal e de outros gastos gerais administrativos".
Quanto à qualidade dos ativos, o rácio de empréstimos não produtivos bruto (NPL) manteve-se inalterado no segundo trimestre de 2023 nos 3,1%, resultado da diminuição dos NPL (-0,5%) e dos empréstimos produtivos (-0,2%). O rácio de NPL líquido de imparidades situou-se em 1,3% (-0,1 pp).
O rácio de transformação, que mede o equilíbrio entre o crédito concedido e os depósitos captados, diminuiu 0,3 pontos percentuais no primeiro trimestre, para 79,6%. Este rácio continua, no entanto, abaixo dos 100% recomendados pelo Banco de Portugal. "Esta evolução resultou do aumento dos depósitos de clientes (0,4%) e, em menor grau, do aumento dos empréstimos a clientes (0,1%)", indica o BdP.
O peso do financiamento obtido junto dos bancos centrais diminuiu 1,6 pontos percentuais para 1,4% do ativo. Ainda assim, o rácio de cobertura de liquidez manteve-se em 218%, dado que "a diminuição das saídas de liquidez (contributo de 0,2 pp) compensou a redução dos ativos de elevada liquidez, em particular das disponibilidades e aplicações junto de bancos centrais (contributo de -0,1 pp)", explica o supervisor da banca.
Entre abril e junho, os rácios de fundos próprios totais e de fundos próprios principais de nível 1 (CET 1) situaram-se em 19% e 16,4%, respetivamente (refletindo aumentos de 0,6 pp e 0,8 pp, face a março 2023). "Esta evolução refletiu o aumento de CET 1, num quadro de relativa estabilização do montante total das exposições em risco", afirmou ainda a autoridade liderada por Mário Centeno.