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Bancos correm a proteger-se de “default” do Credit Suisse. Preço dos CDS regressa a 2008
As instituições financeiras que são contrapartes do Credit Suisse estão a acorrer a estes produtos financeiros para se salvaguardarem em caso de um possível cenário de "default" do gigante suíço.
O medo em torno da vitalidade do Credit Suisse está a espalhar-se pelo setor bancário. As instituições financeiras estão a comprar "credit default swaps" (CDS) relativos à instituição com sede em Zurique, avança a Bloomberg. Estes ativos funcionam como uma espécie de seguro contra "defaults" pelo que o agravamento do prémio sinaliza o maior risco atribuído pelo mercado.
De acordo com fontes conhecedoras do assunto contactadas pela agência, os bancos que são contrapartes do Credit Suisse estão a acorrer a estes produtos financeiros derivados para se salvaguardarem em caso de um possível cenário de incapacidade do gigante suíço fazer face às duas obrigações.
A diferença entre o preço que os compradores estão dispostos a pagar e o valor de oferta ascenderam até 10 pontos base, segundo fontes contactadas pela agência de informação norte-americana.
A Bloomberg acrescenta que esta corrida aos CDS não se espalhou a outras instituições, estando circunscrita para já aos produtos derivados relativos ao Credit Suisse.
A agência refere que os CDS do Credit Suisse a um ano atingiram "níveis de stress" mas sem especificar qual foi a dimensão do aumento numa contagem em pontos base.
Na passada sexta-feira, os CDS sobre a dívida líquida do Credit Suisse abrangiam mais de 2 mil milhões de dólares, um ligeiro aumento face às semanas anteriores, de acordo com os dados do Depository Trust & Clearing Corp, uma companhia especializada no tema, também citada pela Bloomberg. Para esta semana ainda não há dados disponíveis.
Esta corrida aos CDS ocorre após o maior acionista do Credit Suisse, o Saudi National Bank (SNB), ter recusado a possibilidade de mais ajuda ao banco. A garantia foi dada pelo presidente do conselho de administração do SNB, Ammar Al Khudairy, à Bloomberg.
(Notícia em atualização).