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Fosun, Anbang e Apollo apresentam propostas para comprar Novo Banco

Houve duas desistências no processo de compra do Novo Banco. Chegaram três propostas à mesa do governador, apresentadas pela Fosun, Anbang e Apollo. O Santander e a Cerberus ficaram pelo caminho. "O Banco de Portugal avaliará as propostas nas próximas semanas".

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Duas das cinco entidades convidadas pelo Banco de Portugal para concorrerem ao Novo Banco não apresentaram propostas vinculativas. Ao regulador do sector financeiro, chegaram três ofertas finais. O Negócios já adiantou que é certo que a Fosun e a Apollo fizeram propostas. Entretanto, foi possível confirmar que o chinês Anbang também entregou uma proposta, o que implica que Santander e Cerberus optaram por ficar pelo caminho. 

 

"O Banco de Portugal informa que, na sequência do convite para a submissão de propostas vinculativas para a aquisição do Novo Banco dirigidas aos potenciais compradores seleccionados para a Fase III do processo de alienação, foram recebidas três propostas até à data limite de 30 de Junho de 2015 (17h00)", indica um comunicado disponível no site do regulador.

  

Não são avançados os nomes das entidades que entregaram propostas vinculativas para ficarem com o banco que herdou os activos e os passivos considerados saudáveis do Banco Espírito Santo. 

 

A chinesa Fosun, que detém a Fidelidade e controla a Espírito Santo Saúde, entregou uma proposta, tal como o fundo americano Apollo, dono da seguradora Tranquilidade, conforme já tinha avançado o Negócios. Foi possível, também, confirmar que a chinesa Anbang fez chegar a sua proposta pelo Novo Banco ao supervisor do sector financeiro. 

 

As duas restantes entidades convidadas pelo Banco de Portugal para apresentarem uma proposta vinculativa foram o fundo Cerberus e o Santander que, sendo assim, terão optado por não concretizar a intenção de compra. 

 

Avaliação nas próximas semanas

 

Entra-se, agora, numa próxima fase do processo de alienação do Novo Banco. "O Banco de Portugal avaliará as propostas nas próximas semanas", indica o documento divulgado esta terça-feira, 30 de Junho.

 

Nesta fase, e como adiantou o Negócios, pode ser aberto um leilão final, já que o regulador presidido por Carlos Costa pode solicitar novas propostas a alguns dos concorrentes, como forma de desempate do preço a pagar pelo Novo Banco. Certo é que as propostas tinham de conter um programa de capitalização e incluir um plano para eventuais crises.

Não é indicado, no comunicado do regulador, qualquer preço das ofertas para adquirir o Novo Banco. O banco de transição herdeiro do BES foi alvo de uma capitalização, pelo seu accionista fundo de resolução, de 4,9 mil milhões de euros, dos quais 3,9 mil milhões foram injectados pelo Tesouro estatal. Qualquer valor avançado pelo comprador abaixo deste montante representará uma perda para o fundo.

 

O processo de alienação do Novo Banco, criado em Agosto de 2014, iniciou-se poucos meses depois. Os que tinham o interesse em estudar o dossiê tiveram de entregar uma manifestação de interesse até 31 de Dezembro de 2014: foram 17 a fazê-lo. Destas entidades, sete apresentaram propostas não vinculativas. Seguem-se, agora, as três que efectivamente apresentaram ofertas que não podem retirar.



(notícia actualizada com mais informações às 20h38)
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