Notícia
Banco de Portugal contrata consultora para avaliar a sua reputação
O regulador da banca está preocupado com a imagem que passa na comunicação social. Replicando o que acontece no BCE, o Banco de Portugal contratou a Cision para uma análise de reputação nos media. O contrato, que se estende por 15 meses, fala em estudos mensais.
- 32
- ...
Presença frequente nos jornais e nas televisões, o Banco de Portugal quer perceber se a opinião pública lhe é favorável ou desfavorável. Para isso, contratou a Cision para uma "análise de reputação dos media". Ou melhor, várias análises. São estudos mensais.
O Negócios perguntou à Cision que tipo de avaliações são feitas nestas análises, mas não obteve resposta. Da mesma forma, o regulador da banca também não quis fazer comentários a este contrato.
Ao que o Negócios apurou, o Banco de Portugal está a replicar aquilo que o Banco Central Europeu faz. Por exemplo, em Janeiro de 2015, a entidade presidida por Mario Draghi contratou a Prime Research International para providenciar serviços de análise e monitorização dos media.
Em Lisboa, o contrato que une a autoridade presidida por Carlos Costa e a Cision prolonga-se por 15 meses, sendo que o montante máximo contratual admissível é de 24 mil euros, acrescido de IVA, de acordo com o documento publicado no portal Base, onde constam os contratos feitos por entidades públicas. Cada análise mensal representa um encargo de 1.600 euros.
O regulador da banca – que tem poderes de política monetária, de supervisão e de resolução no sector bancário – contratou a Cision por ajuste directo, isto é, sem concurso, justificando o facto com a "ausência de recursos próprios" – a explicação padronizada que dá oficialmente nestes processos.
Os últimos anos têm colocado o Banco de Portugal com um protagonismo que não tinha na década passada, sobretudo devido ao facto de ter ganhos poderes de resolução. A intervenção no BES, em Agosto de 2014, e no Banif, em Dezembro de 2015, são exemplos que colocaram a autoridade no centro das notícias.
Um dos barómetros que permite observar o ganho de protagonismo nessa altura é a lista dos Mais Poderosos, elaborada pelo Negócios, em que um dos critérios de avaliação é a presença mediática: em 2013, o governador era o 17.º mais poderoso, um ano depois passou a ocupar o 2.º lugar.
Outro dos lugares em que Carlos Costa tem tido presença assídua nos últimos anos é no Parlamento, onde a sua intervenção na banca faz com que seja alvo de acusações políticas e motivo, também, de discórdia entre os vários partidos.
O Negócios perguntou à Cision que tipo de avaliações são feitas nestas análises, mas não obteve resposta. Da mesma forma, o regulador da banca também não quis fazer comentários a este contrato.
Em Lisboa, o contrato que une a autoridade presidida por Carlos Costa e a Cision prolonga-se por 15 meses, sendo que o montante máximo contratual admissível é de 24 mil euros, acrescido de IVA, de acordo com o documento publicado no portal Base, onde constam os contratos feitos por entidades públicas. Cada análise mensal representa um encargo de 1.600 euros.
O regulador da banca – que tem poderes de política monetária, de supervisão e de resolução no sector bancário – contratou a Cision por ajuste directo, isto é, sem concurso, justificando o facto com a "ausência de recursos próprios" – a explicação padronizada que dá oficialmente nestes processos.
Os últimos anos têm colocado o Banco de Portugal com um protagonismo que não tinha na década passada, sobretudo devido ao facto de ter ganhos poderes de resolução. A intervenção no BES, em Agosto de 2014, e no Banif, em Dezembro de 2015, são exemplos que colocaram a autoridade no centro das notícias.
Um dos barómetros que permite observar o ganho de protagonismo nessa altura é a lista dos Mais Poderosos, elaborada pelo Negócios, em que um dos critérios de avaliação é a presença mediática: em 2013, o governador era o 17.º mais poderoso, um ano depois passou a ocupar o 2.º lugar.
Outro dos lugares em que Carlos Costa tem tido presença assídua nos últimos anos é no Parlamento, onde a sua intervenção na banca faz com que seja alvo de acusações políticas e motivo, também, de discórdia entre os vários partidos.