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Banco de Portugal tira licença à Orey Financial
A Orey Financial ficou sem licença do Banco de Portugal. O supervisor proibiu o braço financeiro da Orey de assumir novas responsabilidades perante terceiros. Também a CMVM impôs medidas restritivas.
O Banco de Portugal diz ter tomado esta decisão, considerando que o facto da instituição não captar depósitos de clientes e não ter uma presença significativa no mercado. A Orey Financial, detida na totalidade pela Sociedade Comercial Orey Antunes, tem menos de 0,0015% de quota no mercado nacional da gestão de carteiras por conta de outrem e de serviços de custódia de títulos.
Só em duas situações estes impedimentos podem ser levantados: ordens dadas por clientes já em execução na presente data; e ordens ou instruções expressas dadas por clientes tendentes à transferência dos seus ativos e ou à sua alienação ou ao fecho de posições em instrumentos financeiros.
Já no final do dia de sexta-feira, a Orey tinha emitido um comunicado, antecipando-se ao Banco de Portugal, dizendo que tinha requerido a 31 de maio ao Banco de Portugal "a renúncia expressa à
sua licença de IFIC", tendo também solicitado e 4 de junho à CMVM "o cancelamento do registo dos serviços autorizados por esta autoridade".
Neste contexto, diz ainda a Orey, "foram emitidas pelo Banco de Portugal e pela CMVM medidas de supervisão dirigidas à Orey Financial no sentido de limitar a atividade comercial e financeira e de assegurar as transações necessárias à transferência dos ativos dos clientes para outros intermediários financeiros. Foi também proposta pelo Banco de Portugal ao Banco Central Europeu a revogação da autorização para o exercício da atividade de instituição financeira de crédito".
Mas a CMVM acrescenta que, ainda que "a maioria dos seus clientes tinha já transmitido ordens para transferência dos seus bens para outros intermediários financeiros, o que não o fizeram continuam a dispor dos seus ativos, podendo ainda ordenar a transferência para outros intermediários financeiros pou dar instruções à Orey Financial para vender os instrumentos financeiros que detenham ou para encerrar posições.
(Notícia atualizada com o comunicado da CMVM)