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Banca espanhola fora da corrida pela unidade da CGD em Espanha

As 110 agências do Banco Caixa Geral Espanha não despertaram interesse junto da banca espanhola, segundo noticiado pelo Expansión.

Miguel Baltazar
22 de Novembro de 2017 às 12:08
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Os bancos espanhóis não estão interessados em adquirir o Banco Caixa Geral, unidade do grupo bancário em Espanha, segundo o Expansión. A publicação contactou as instituições financeiras do país vizinho e, com base em fontes anónimas, revela que o sector está fora da corrida por aquele banco.

 

De acordo com o Expansión, vários bancos olharam para os dados preliminares revelados pela instituição financeira, mas não houve apresentação de intenções de oferta. Na última apresentação de resultados, o presidente executivo, Paulo Macedo, tenha dito que o processo ainda não arrancara de forma definitiva. 

Contactado pelo Negócios, o gabinete de imprensa da CGD diz que "o processo de venda do BCG Espanha está em preparação mas ainda não se iniciou". "Temos a expectativa de o poder iniciar nos próximos meses", adianta a mesma fonte, acrescentando que a "notícia referida não tem aderência à realidade". 

 

Oficialmente, a única entidade que admite ter reconhecido a análise aos dados do Banco Caixa Geral é o Bankinter. Contudo, a opção do banco, já presente em Portugal, foi manter-se fora da corrida. O jornal diz ter contactado a restante banca (tanto de maior dimensão como de menor) e não há interesse naquela unidade. 

Segundo noticiou o El Confidencial em Julho, o Société Générale foi o banco mandatado para liderar a alienação. Na organização dos pelouros, o administrador financeiro José Brito (na foto) é o que tem a responsabilidade de acompanhar a evolução da sucursal espanhola. 

 

O Banco Caixa Geral Espanha deu um contributo de 17,9 milhões de euros para o resultado líquido da CGD nos primeiros nove meses do ano. A rentabilidade dos capitais próprios era, na mesma altura, de 4,8%, a mais baixa de todas as operações internacionais. O banco tem conseguido apresentar resultados positivos, depois de anos em que foram registadas perdas, sobretudo devido a operações de "project finance", que pesaram no desempenho do grupo bancário. 

 

Em Junho, data dos últimos dados conhecidos mais detalhados, os 523 funcionários trabalhavam com clientes que tinham 3.215 milhões de euros em créditos e 3.242 milhões em depósitos. As 110 agências da unidade têm uma presença mais regional do que nacional, já que se concentram na Extremadura, na Galiza e em Madrid.

 

Em Espanha, a última grande operação de consolidação foi decidida de forma administrativa, já que foi feita no âmbito da resolução aplicada ao Popular: a compra por 1 euro por parte do Santander.

 

Espanha é apenas um dos mercados internacionais com que a administração da Caixa se comprometeu junto da Comissão Europeia a sair, no âmbito da capitalização estatal de 3,9 mil milhões de euros. Brasil também está à venda, mas África do Sul é o processo que está mais avançado, sendo que, na apresentação de resultados dos primeiros nove meses do ano, o presidente executivo, Paulo Macedo, revelou já estarem a ser designados os assessores jurídicos e financeiros do processo.

 

Certo é que as sucursais "off-shore", como Caimão e Macau, deverão fechar até ao final do ano, não estando a ser aceites novas operações: os clientes estão a ser contactados para serem transferidos para outras unidades internacionais da Caixa ou para optarem por outro grupo bancário com presença naqueles paraísos fiscais. 


(Notícia actualizada às 12:58 com posição oficial da CGD)

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