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Aumento de capital reduz participação do Credit Suisse no BCP

O accionista do banco português reduziu a sua presença no capital para abaixo dos 2% no período que mediou entre o apuramento dos resultados da oferta e a admissão das acções à negociação em bolsa. O valor da participação quintuplicou.

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O Credit Suisse deixou de deter uma participação qualificada no BCP depois do recente aumento de capital, passando de uma fatia de 3,65% do banco para uma posição de 1,32%. Contudo, em valor, a participação passou a ser cinco vezes superior à anteriormente detida.

A alteração de participação foi dada a conhecer pela instituição esta quarta-feira, 15 de Fevereiro, em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), uma informação prestada a pedido do regulador dos mercados. Isto depois de o regulador ter solicitado a comunicação, depois de se ter apercebido que houve uma redução de participação sem que tivesse havido qualquer comunicação ao mercado, sabe o Negócios. 

Nessa nota, o banco dá conta de ter sido notificado por duas vezes este mês pelo Credit Suisse sobre as posições detidas a 3 de Fevereiro e a 9 de Fevereiro, sendo esta última a data em que começaram a negociar em bolsa as novas acções resultantes do aumento de capital de 1.332 milhões de euros.

A 3 de Fevereiro - dia seguinte ao fim do período de subscrição de acções e dia do apuramento dos resultados da oferta - a posição era de 3,65%, enquanto a 9 de Fevereiro a participação já era de 1,32%. No espaço de menos de uma semana, o accionista passou de 34,48 milhões de títulos para deter 200 milhões.

Assim sendo, a instituição não deverá ter acompanhado o reforço de capital de forma a manter a mesma proporção que antes possuía no banco. Cada acção detida antes do aumento de capital dava direito à subscrição de 15 novos títulos, mediante o pagamento de 9,4 cêntimos por cada papel.

À cotação de fecho de 3 de Fevereiro (0,1485 euros) a posição estava avaliada em 5,8 milhões de euros, enquanto que no fecho de 9 de Fevereiro já era de 29,34 milhões de euros, cinco vezes mais.

Já à cotação de encerramento desta quarta-feira, 15 de Fevereiro - e presumindo que a empresa mantém o mesmo número de acções - a posição está avaliada em 29,7 milhões de euros.

Na sexta-feira passada o banco comunicou à CMVM mais de duas dezenas de alterações de participação de dirigentes na instituição, na sequência do aumento de capital. 

Ontem foi conhecido o reforço do Norges Bank, o banco central da Noruega, no capital do banco liderado por Nuno Amado (na foto). Neste caso, o aumento da presença resultou de "transacções efectuadas no dia 10 de Fevereiro" - segundo dia de negociação das novas acções - na sequência das quais o Norges Bank passou a deter 2,094% do capital do BCP. A posição anterior era de 1,93%.
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