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Assembleia de Representantes da mutualista Montepio aprova contas de 2021 com lucro de 44,6 milhões

Os resultados líquidos positivos de 44,6 milhões de euros que foram registados permitem inverter a tendência de prejuízos registada nos últimos anos.

A Mutualista Montepio, liderada por Virgílio Lima, conseguiu aumentar os resultados e também o número de associados na primeira metade do ano.
Pedro Catarino
31 de Março de 2022 às 22:42
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A Associação Mutualista Montepio Geral teve um resultado positivo de 44,6 milhões de euros em 2021, invertendo a tendência de prejuízo dos últimos anos, segundo o relatório e contas aprovado hoje em Assembleia de Representantes.

A Assembleia de Representantes da Associação Mutualista Montepio Geral aprovou hoje o relatório e contas de 2021, com 24 votos a favor e cinco contra, num total de 29 membros presentes ou representados, refere a mutualista em comunicado.

Os resultados líquidos positivos de 44,6 milhões de euros que foram registados permitem inverter a tendência de prejuízos registada nos últimos anos, sublinha.

"A margem associativa da maior associação mutualista portuguesa cresceu 47,6 milhões de euros, situando-se em 120 milhões de euros, assim como também cresceu o número de associados (para 602.000). Este crescimento da base associativa revelou uma inversão da tendência de perda de associados que se verificava desde 2015, iniciada já no último trimestre de 2020 e consolidada no ano de 2021", pode ler-se.

"Os rácios de liquidez melhoraram (passando de 7,9% para 11%), acompanhados pelo crescimento do ativo (aumentou 4,8% face a 2020, atingindo 3.716,3 milhões de euros no final de 2021). Outro dado positivo a destacar é a recuperação em 82,2%, entre 2017 e 2021, dos ativos por impostos diferidos que se vêm registando desde 2017", acrescenta.

As contas da mutualista tinham reservas por parte da auditora PwC devido a dúvidas na contabilização de ativos por impostos diferidos, o que influencia os resultados.

Em 2020, a Associação Mutualista Montepio Geral teve prejuízos de quase 18 milhões de euros, melhor do que os resultados negativos de 408,8 milhões de euros de 2019. Então, na certificação legal de contas, a PWC considerou mais uma vez que o valor registado em ativos por impostos diferidos (então de 867,6 milhões de euros) não era totalmente recuperável.

O presidente da Associação Mutualista do Montepio Geral, Virgílio Lima (na foto), citado na nota de imprensa, destaca "o virar de página que foi, finalmente, alcançado ao longo do último ano e que permitiu recolocar o maior grupo mutualista português no rumo do crescimento sustentado".

"Arrumámos a casa ao longo do último mandato, compete-nos agora consolidar este caminho de forma sólida", realça Virgílio Lima, eleito em dezembro como presidente até 2025.

O relatório e contas de 2021 revela também, segundo o comunicado, "a simplificação e racionalização do grupo com o objetivo de obter sinergias e o aumento de valor para o Associado, uma das bandeiras da candidatura de Virgílio Lima à presidência".

Nomeadamente, mediante a simplificação da área de negócio imobiliário -- em dois anos passou de quatro entidades para uma única --, a recomposição da área de gestão de ativos -- com a próxima fusão das duas sociedades gestoras de organismos de investimento coletivo e a liquidação da entidade In Posterum, ACE, que não tinha atividade, salienta o comunicado.

A Assembleia de Representantes é o novo órgão associativo da Associação Mutualista Montepio Geral, sendo os seus 30 membros eleitos pelo método de Hondt. É neste órgão que são debatidos e votados documentos fundamentais da vida da mutualista Montepio (que até à mudança de estatutos tinham de ir a assembleia-geral).

 
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