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Antiga BES-Vida sobe lucros apesar de perder 93% dos PPR

A parte operacional da GNB- companhia de Seguros Vida registou uma quebra de 79%, sobretudo devido à retirada de produtos de capitalização e de PPR. Mas a actividade financeira ajudou a uma subida do resultado líquido.

Bruno Simão/Negócios
10 de Setembro de 2015 às 21:02
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A antiga companhia de seguros do ramo vida do Banco Espírito Santo, agora integrada no grupo Novo Banco, conseguiu apresentar um crescimento dos lucros nos primeiros seis meses do ano, comparando com o mesmo período do ano passado.

 

O resultado líquido do primeiro semestre da GNB – Companhia de Seguros Vida foi de 84 milhões de euros, uma subida de 6,5% face ao período homólogo, de acordo com o comunicado emitido através do site da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários. As contas foram resultantes "sobretudo do contributo da actividade financeira".

 

Isto porque, na parte operacional, os resultados foram negativos, sofrendo o impacto do grupo em que se insere. "Os acontecimentos no banco [BES] ocorridos no ao anterior, único canal de distribuição da companhia, afectaram de forma inevitável os níveis de actividade da seguradora", assume a seguradora. 

 

O seguro directo afundou. Em Junho de 2015, o volume dos contratos de seguro e de investimento global (Portugal e Espanha) ascendeu a 239 milhões de euros, uma quebra de 79,2% face aos 1.146 milhões registados no mesmo mês de 2014, ainda antes da derrocada do BES.

 

Para este movimento, contou a evolução dos produtos poupança-reforma (PPR), que afundaram 93% de 515 milhões para 35 milhões. "É de salientar a redução da quota de mercado para os 2,8% neste tipo de produtos, no final de Junho de 2015 (43,5% em Junho de 2014)". Os produtos de capitalização também perderam 71%, sendo que os produtos de risco tiveram uma menor quebra, de 3,3%.

 

Já os custos com sinistros marcaram um agravamento de 52,8% no período referido. Por sua vez, os resultados operacionais da GNB beneficiaram, ainda assim, da quebra de 22,8% dos custos operacionais. A margem de solvência subiu de 247,4% para 254,2%. 

 

O capital próprio (situação patrimonial) deslizou 8,9% para 470,5 milhões de euros. 

O resultado foi apresentado esta quinta-feira, 10 de Setembro, fora do calendário regular, sem que tenha havido justificação para o atraso. A 31 de Agosto, último dia, a empresa foi lacónica: "A GNB - Companhia de Seguros de Vida, S.A. informa que por motivos de atraso na aprovação das contas semestrais consolidadas não é possível a sua publicação". 

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