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Aguiar-Branco vai presidir ao segundo inquérito à CGD

O ex-ministro da Defesa, José Pedro Aguiar-Branco, vai presidir à nova comissão de inquérito à Caixa Geral de Depósitos. Todos os deputados que vão compor a comissão já estão escolhidos. A posse será a 14 de Março.

Miguel Baltazar
08 de Março de 2017 às 19:13
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A nova comissão de inquérito à Caixa Geral de Depósitos vai ser presidida pelo deputado social-democrata, José Pedro Aguiar-Branco, avançou a Lusa, que revelou os restantes elementos que vão compor esta nova comissão de inquérito.

 

José Pedro Aguiar-Branco foi ministro da Defesa Nacional nos últimos dois Governos de coligação PSD/CDS-PP e é a escolha do PSD para presidir à nova comissão de inquérito ao banco público pedida de forma potestativa pelos sociais-democratas e pelos centristas.

 

Como coordenador o PSD vai ter nesse novo inquérito o também ex-ministro Luís Marques Guedes, tendo escolhido como restantes membros efectivos os deputados Sérgio Azevedo, Sara Madruga da Costa, José Silvano, Fátima Ramos e Virgílio Macedo.Como suplentes, o PSD indicou Susana Lamas, Miguel Morgado e Teresa Morais.

 

O PS indicou três vice-presidentes da sua bancada para essa comissão. João Paulo Correia será o coordenador dos deputados do PS, que contará ainda com a presença do porta-voz do partido, João Galamba, e do "vice" Filipe Neto Brandão.

 

Os restantes quatro deputados do PS são Odete João, Eurico Brilhante Dias, Francisca Parreira e Luís Testa. João Paulo Correia e João Galamba repetem a sua presença nesta segunda comissão parlamentar de inquérito sobre a CGD.

 

Pelo CDS-PP, os nomes indicados são o do deputado e porta-voz do partido João Almeida e o de António Carlos Monteiro. Vânia Dias da Silva será suplente.

 

No Bloco de Esquerda, a escolha foi do deputado Moisés Ferreira, tendo os bloquistas escolhido exactamente os mesmos nomes que tem presentes no inquérito que está já a decorrer (primeira comissão parlamentar de inquérito à CGD), repetindo, além do membro efectivo, os suplentes, que serão de novo Mariana Mortágua e Paulino Ascensão.

 

O deputado Miguel Tiago foi o nome indicado pelo PCP como membro efectivo da nova comissão de inquérito sobre a CGD, sendo um repetente face à primeira comissão. O deputado António Filipe foi indicado como suplente.

 

A nova comissão de inquérito, que vai apreciar a actuação do Governo na nomeação e demissão da anterior administração da CGD, vai tomar posse no próximo dia 14 de Março. Esta terça-feira era a data limite para os partidos escolherem os seus representantes.

 

Actualmente está em funcionamento uma comissão de inquérito, que se debruça sobre a gestão da CGD desde o ano 2000 e sobre os motivos que estão na origem da necessidade de recapitalização do banco público.

 

Este objecto tem sido invocado pela esquerda parlamentar para inviabilizar alguns pedidos do PSD e CDS-PP de audições e diligências, como a troca de comunicações entre o ministro das Finanças, Mário Centeno, e o anterior administrador da CGD, António Domingues. Por esse motivo, PSD e CDS-PP apresentaram um requerimento para a criação de uma nova comissão e que pede, de forma potestativa (obrigatória), que este segundo inquérito se dirija "à actuação do XXI Governo Constitucional no que se relaciona com a nomeação e a demissão da administração do dr. António Domingues".

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