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Ageas admite novas compras em Portugal e afasta para já redução de pessoal

O responsável do negócio em Portugal, Steven Braekeveldt, afirmou que, "se houver uma oportunidade, o grupo olhará com interesse para o dossier." Mas, se no futuro a empresa não conseguir "mostrar crescimento, temos de tomar medidas".

Bruno Simão
22 de Setembro de 2016 às 15:22
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O grupo segurador belga Ageas, que comprou no ano passado a operação da Axa em Portugal, admite fazer novas aquisições no país e excluiu a possibilidade de redução de postos de trabalho, desde que haja crescimento do negócio.

A cúpula do grupo que detém a segunda maior seguradora em Portugal, apenas ultrapassada pela Fidelidade, reuniu-se hoje com jornalistas em Lisboa e reforçou que o país "é um mercado muito importante" - o seu segundo depois da Bélgica (na Europa) - e que "as expectativas são extremamente elevadas".

Questionado sobre eventuais novas aquisições em Portugal, o responsável, que preside o grupo na Europa Continental, especificamente Portugal, Steven Braekeveldt, afirmou que "se houver uma oportunidade o grupo olhará com interesse para o dossier", sublinhando contudo que o grupo "tem uma disciplina muito estrita em aquisições e qualquer oportunidade tem de se adequar à estratégia da Ageas".

Sobre o aumento da quota de mercado total do grupo nos próximos anos, o presidente executivo do Ageas Group, Bart De Smet, afirmou que o objectivo "é o crescimento rentável dos negócios" e não tanto da quota e, no que diz respeito à rentabilidade, os responsáveis apontam para uma futura competição entre Portugal e o Reino Unido, onde também estão presentes.

Sobre a eventual redução de postos trabalho, os responsáveis dizem que não está nada previsto, mas Steven Braekeveldt afirma sem detalhes: "Quando digo que queremos crescer é mesmo crescer. Se no futuro não conseguirmos mostrar crescimento, temos de tomar medidas".

E o presidente executivo da Ageas Seguros, José Gomes, reforçou: "Temos de reposicionar a nossa empresa, temos várias sinergias para o grupo, não contamos reduzir a nossa força de trabalho".

Steven Braekeveldt considera que "é necessária uma mudança na mentalidade", afirmando que o grupo aposta em ser 'omni-canal", ou seja, com toda uma grande distribuição de canais aos consumidores e que passa pela 'bancassurance' (distribuição de seguros pelo canal bancário), canais de mediação e seguro directo (internet).

Bart De Smet acrescentou: "Não vamos ser nós a decidir o que o consumidor quer, mas o contrário. O cliente vem ter connosco para ter mais um canal".

O grupo Ageas detém em Portugal a seguradora Ocidental e a Médis e espera aumentar a sua quota de mercado no sector segurador vida para 23% a 25% em três anos, segundo o presidente executivo da Ocidental Vida e Ocidental Pensões, Nelson Machado.

No ramo não vida não espera grandes alterações.

"[No ramo não vida - Grupo Ageas] estamos muito próximos de sermos o segundo maior segurador", disse o presidente executivo da Ocidental Seguros e Médis, Eduardo Consiglieri Pedroso.

Sobre a parceria com o MillenniumBCP, os responsáveis dizem estar "muitos satisfeitos" e antecipam que a mesma vai melhorar no próximo ano, apontando para "o crescimento do banco como parceiro de distribuição".

(Notícia actualizada às 17:39)
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