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Ações do Credit Suisse renovam mínimos históricos com maior sequência de perdas desde 2014

O movimento das ações ocorre depois da notícia de que o banco está a ser alvo de uma sangria de fundos e clientes que está a beneficiar os rivais. Na próxima segunda-feira arranca uma operação de aumento de capital, que visa a compra de novas ações pelos acionistas da instituição financeira.

Reuters
25 de Novembro de 2022 às 18:33
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As ações do Credit Suisse renovaram mínimos históricos esta sexta-feira, ao derrapar 6,87% para 3,307 francos suíços (3,36 euros à taxa de câmbio atual).

Entretanto, os títulos terminaram a última sessão desta semana a aliviar para 3,318 francos suíços (3,37 euros), depois de um ciclo de nove dias de perdas, a mais longa sequência desde 2014.

O desempenho bolsista do gigante suíço foi penalizado pelas notícias de que os seus rivais estão a beneficiar da saída de clientes do Credit Suisse.

Além disso, esta sexta-feira, o Vontobel cortou o preço-alvo do banco suíço, tendo ainda alertado para a necessidade da instituição financeira com sede em Zurique ter de estancar urgentemente a sangria de fundos do segmento de gestão de riqueza.

A nota de "research" surgiu dois dias depois de o Credit Suisse ter dado conta que os seus clientes resgataram cerca de 84 mil milhões de francos suíços (cerca de 85,38 mil milhões de euros) do banco nas primeiras seis semanas do quarto trimestre, sem haver data prevista para a reversão desta situação.

A unidade de gestão de riqueza, "core" do banco, foi a mais afetada, onde foram levantados mais de 10% dos ativos sob gestão do banco.

Quem está a beneficiar da sangria do banco liderado por Ulrich Koerner são os rivais, como o também suíço UBS ou o norte-americano Morgan Stanley que têm acolhido grande parte do êxodo de clientes do gigante suíço, de acordo com a Bloomberg.

Esta quinta-feira o banco suíço anunciou que vai oferecer aos acionistas, a partir da próxima segunda-feira, a possibilidade de comprarem 889 milhões novas ações no âmbito do aumento de capital de quatro mil milhões de francos suíços (4,06 mil milhões de euros) previsto no plano de restruturação. Com esta operação, o banco pretende arrecadar 2,24 mil milhões de francos suíços (2,27 mil milhões de euros), aproximadamente.

O banco revelou ainda que emitiu 462 milhões de novas ações qualificados, tendo o Banco Nacional Saudita adquirido 307 milhões, passando a deter, como previsto, 9,9% do capital da instituição financeira. A receita arrecadada com esta operação foi de 1,76 mil milhões de francos suíços (1,78 mil milhões de euros).


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